Jerusalem

A Cidade Velha de Jerusalém é uma área amuralhada em forma rectangular com 0,9 km² na cidade moderna de Jerusalém. Na Cidade Velha encontram-se vários sítios de fundamental importância religiosa, como o Monte do Templo e Muro das Lamentações para os judeus, a Basílica do Santo Sepulcro para os cristãos e o Domo da Rocha e a Mesquita de al-Aqsa para os muçulmanos.

Jope

Uma antiga cidade cananeia na fronteira da tribo de Dã (Js 19:46) mas aparentemente nunca ocupada pelos israelitas nos tempos do VT. Sendo o único porto situado entre o Egipto e a cordilheira do Carmelo.

Cesaréia

localiza-se na costa do Mediterrâneo, no meio do caminho entre Tel Aviv e Haifa. As escavações arqueológicas durante as décadas de 50 e 60 revelaram remanescentes de muitos períodos e, particularmente, o complexo de fortificações da cidade cruzada e o teatro romano.

Cafarnaum

localizada à margem norte do Mar da Galiléia foi o centro do ministério do Salvador na Galiléia (Mt. 9:1–2; Mc. 2:1–5). Importante e bem sucedido centro comercial e de pesca, era o lar de gentios assim como de judeus.

Golgota

"O Lugar da Caveira" (também conhecido por Lugar do Crânio). Recebeu este nome, porque o local, apresentava uma elevação que se assemelhava a um crânio, e era também o local onde os condenados à morte eram crucificados.

Jerusalém


Jerusalém, que esteve dividida em Jerusalém Oriental (na posse da Jordânia) e Jerusalém Ocidental (na posse de Israel) até 1967, foi unificada por este país após a Guerra dos Seis Dias, sendo eleita a capital de Israel. É o centro administrativo do país, tendo como actividades fundamentais as que estão ligadas ao sector terciário (finanças, turismo e comércio). Pelo simbolismo dos seus monumentos e da sua história, Jerusalém é considerada cidade santa pelos judeus, muçulmanos e cristãos.

              Devido à sua importância religiosa e política, tem sido palco de grandes conflitos que perduram ainda nos nossos dias.
             
Antiga cidade Cananeia, o seu nome tem origem talvez numa divindade amorrita: Shalem.
Quando os Hebreus entraram em Canaã, no século XIII a. C., Jerusalém era uma cidade independente à frente de uma confederação. Conservou a independência até ao reinado de David, que quis fazer dela um centro político e religioso, base da unidade do povo hebreu. David tomou a cidade em 1058 a. C. e construiu um palácio fazendo transportar para a cidade a Arca da Aliança. Preparou então a construção de um templo que só viria a ser erigido durante o governo do seu filho Salomão. Sob este último, a cidade perdeu poder na sequência da cisão do reino em 931 a. C.

Vários povos estiveram de posse da cidade: o faraó Sesaq, os Filisteus, que saquearam a cidade em 893 a. C.; Senaquerib, rei da Síria; Assurbanípal, rei de Nínive (666 a. C.), cujos generais prenderam o rei Manasés e o levaram para a Babilónia (quando regressou, este monarca reedificou a muralha erigida por seu pai Ezequias); Nabucodonosor, em 587 a. C., que incendiou a cidade e levou para o cativeiro da Babilónia muitos judeus entre os quais o profeta Daniel (só em 538 a. C. é que Ciro, rei da Pérsia, autorizou o regresso dos judeus a Jerusalém e permitiu a reconstrução do templo e da Cidade Santa que foi completada em 445 a. C.); Alexandre Magno entrou em Jerusalém em 332 a. C., respeitando os costumes dos judeus mas destruindo a hegemonia persa; os Selêucidas, que saíram vitoriosos sobre os lágidas egípcios, helenizaram a cidade iniciando a sua decadência; os Romanos, a partir de 63 a. C., enviaram Pompeio a Jerusalém com o intuito de debelar uma guerra civil, tornando-se a cidade tributária de Roma. A partir daqui sucedem-se vários governadores romanos.

A inflexibilidade de alguns governadores romanos deu lugar a um conflito que provocou a morte a muitos romanos. Tito, filho do imperador Vespasiano, atacou Jerusalém em 70 a. C., destruindo os edifícios judaicos e apoderando-se da cidade. Foi erigido um altar a Júpiter no lugar do templo judaico, o que provocou conflitos que terminaram com a vitória do imperador Adriano em 135 d. C., interditando a cidade aos judeus. O édito de Milão por Constantino motivou a procura dos lugares santos pelos cristãos e o seu estabelecimento em Jerusalém, que teve o maior impulso quando Santa Helena, mãe do imperador, encontrou a relíquia da Santa Cruz. Em 638 foi a vez de os muçulmanos atacarem a cidade sob o comando do califa Omar e transformarem-na na cidade santa do Islão - al-Quds. Os muçulmanos foram até certo ponto tolerantes para com os cristãos, mantendo boas relações.
Cidade Jerusalem
Cidade Jerusalem
Contudo, o auxílio dado pelos cristãos aos bizantinos não agradou aos muçulmanos provocando a discórdia, o que resultou na destruição do Santo Sepulcro pelo califa Al Ha Kam, em 1010. Os Turcos, por sua vez, começaram a oprimir os cristãos em 1077 quando ficaram de posse da Palestina, o que motivou a primeira cruzada à Terra Santa em 1095. Em 1099 Godofredo de Bolhões foi eleito soberano de Jerusalém. O reino de Jerusalém seria posteriormente destruído por Saladino em 1187, mantendo intacto o Santo Sepulcro mediante o pagamento de um largo tributo. Esteve nas mãos dos Mamelucos do século XIII ao século XVI, verificando-se neste período uma predominância da população muçulmana. Em 1517 são os turcos que conquistam Jerusalém sob Selim I. A ocupação otomana estende-se até 1917 reflectindo-se numa perda de importância de Jerusalém como lugar santo cristão e, em contrapartida, numa renovação da comunidade judaica.

Jope


Vista noroeste da cidade portuária de Jope.

Uma antiga cidade cananeia na fronteira da tribo de Dã (Js 19:46) mas aparentemente nunca ocupada pelos israelitas nos tempos do VT. Sendo o único porto situado entre o Egipto e a cordilheira do Carmelo, a menos que Dor seja incluída na contagem, era de grande importância para a Palestina. Situava-se cerca de 55 km a noroeste de Jerusalém. Os cedros do Líbano usados na construção do templo de Salomão e do templo de Zorobabel chegaram à Palestina através deste porto (2Cr 2:16; Ed 3:7). Foi lá que o profeta Jonas, fugindo da ordem de Deus, embarcou num navio que se dirigia para Tarsis, provavelmente em Espanha (Jn 1:3). Jope passou para o controlo dos judeus, provavelmente pela primeira vez através dos macabeus, que instalaram alguns judeus na cidade. Alargaram o porto e fortaleceram as fortificações (I Mac 10:72, 75; I Mac 12:33, 34; I Mac 14:5, 34). Pompeu transformou-a numa cidade semi-livre em 63 AC mas César devolveu-a aos judeus. No tempo de Herodes, tornou-se na fortaleza de um bairro judaico ortodoxo. Quando eclodiu a rebelião judaica em 66 DC, os judeus de Jope mostraram tamanha oposição fanática contra os romanos, que Cestius Gallus massacrou mais de 8000 dentre eles. Embora a cidade tenha recuperado desta catástrofe, foi completamente destruída por Vespasiano um pouco mais tarde.
O cristianismo entrou cedo em Jope. Esta era a cidade natal de Tabita, ou Dorcas, uma grande benfeitora dos pobres. Quando ela morreu, Pedro ressuscitou-a e “muitos creram” na mensagem do apóstolo (At 9:36-42). Pedro permaneceu na cidade durante algum tempo, na casa de Simão, o curtidor e teve uma visão que lhe mostrou que o Evangelho deveria ser pregado também aos gentios, não se devendo fazer distinção entre judeus e gentios (cap. At 10:5-48). Jope, agora conhecida por Jafa, é actualmente uma secção das cidades gémeas de Tel Aviv-Jafa, com uma população combinada de 384.000 pessoas (1970), sendo, por isso, a maior cidade do Estado de Israel.
O monte contendo as ruínas da antiga Jope situa-se a Este do porto turco. As escavações, conduzidas por J. Kaplan desde 1955, puseram a descoberto ruínas de fortificações e casas de todos os períodos desde o 3º milénio AC até aos tempos islâmicos. De especial interesse são as ruínas das fortificações do período patriarcal, construídas pelos Hiksos e uma porta da altura em que Jope era controlada pelos egípcios, no tempo de Ramsés II.

Eventos importantes: Jonas foi a Jope para embarcar em um navio com destino a Társis (Jon. 1:1–3). Jope foi o porto marítimo usado por Salomão e também por Zorobabel para trazer madeira de cedro do Líbano para construir seus templos (II Crôn. 2:16; Esd. 3:7). Aqui Pedro levantou Tabita dos mortos, também conhecida como Dorcas (Atos 9:36–43). Pedro também teve a visão dos animais limpos e dos imundos, que revelou a ele a necessidade de começar o ministério entre os gentios (Atos 10). Orson Hyde chegou aqui para dedicar a Terra Santa em 1841.

Cesaréia - de cidade romana a fortaleza cruzada


Cesaréia localiza-se na costa do Mediterrâneo, no meio do caminho entre Tel Aviv e Haifa. As escavações arqueológicas durante as décadas de 50 e 60 revelaram remanescentes de muitos períodos e, particularmente, o complexo de fortificações da cidade cruzada e o teatro romano.

Durante os últimos 20 anos, importantes escavações realizadas por numerosas expedições de Israel e do exterior expuseram impressionantes vestígios da grandiosidade esquecida da cidade romana e daquela dos cruzados.

A Cidade Romana
Fundada pelo Rei Herodes no século I a.E.C., na localização de um porto comercial fenício e grego denominado Torre de Straton, Cesaréia foi assim denominada por Herodes em homenagem ao imperador romano César Augusto. A cidade foi detalhadamente descrita pelo historiador judeu Flávio Josefo (Antigüidades XV pág. 331 e seg.; Guerra I, pág. 408 e seg.). Era uma cidade murada, com o maior porto na costa oriental do Mediterrâneo, chamada Sebastos, o nome grego do Imperador Augusto.

O templo da cidade, dedicado a César Augusto, foi construído sobre um pódio elevado diante do porto. Uma ampla escadaria conduzia do píer ao templo. Foram erigidos edifícios públicos e esmeradas instalações de entretenimento, segundo a tradição imperial. O palácio do Rei Herodes situava-se na parte meridional da cidade.

No ano 6 da era comum, Cesaréia tornou-se a sede dos procuradores romanos da Provincia Juda e nela se instalou o quartel-general da 10 Legião Romana. Nos séculos II e III a cidade se expandiu, tornando-se uma das mais importantes da parte oriental do Império Romano, sendo classificada como "Metrópole da Província da Síria-Palestina".

Cesaréia desempenhou um importante papel na história do início do cristianismo. Foi aqui que realizou-se o batismo do centurião romano Cornelius (Atos 10:1-5, 25-28); S. Paulo partiu daqui para sua viagem pelo Mediterrâneo oriental, e aqui foi aprisionado e enviado a Roma para julgamento (Atos 23:23-24).

O palácio foi construído sobre um promontório rochoso saliente, na parte meridional da cidade romana. As escavações revelaram uma grande estrutura arquitetônica, de 110 x 60 m, com um tanque decorativo cercado por pórticos. Esta construção elegante, em localização tão singular, foi identificada como o palácio de Herodes (Antigüidades XV, f. 332). O palácio foi usado durante todo o período romano, conforme atestam duas colunas com inscrições dedicatórias em grego e latim, contendo os nomes dos governadores da província da Judéia.


Cafarnaum


Cafarnaum, localizada à margem norte do Mar da Galiléia foi o centro do ministério do Salvador na Galiléia (Mt. 9:1–2; Mc. 2:1–5). Importante e bem sucedido centro comercial e de pesca, era o lar de gentios assim como de judeus. A população do primeiro século provavelmente não superou a 1.000 pessoas. Cafarnaum localizava-se no entroncamento de importantes rotas comerciais, com terras férteis circundando-a. Os soldados romanos construíram casas de banho e armazéns aqui, o que contribuiu para a organizada estrutura social com edifícios públicos bem construídos. Apesar dos muitos milagres aqui realizados, as pessoas em geral rejeitaram o ministério do Salvador. Jesus, portanto, amaldiçoou a cidade (Mt. 11:20, 23–24). Com o tempo, Cafarnaum ficou em ruínas e permanece desabitada.
Eventos importantes: Cafarnaum era conhecida como a cidade de Jesus (Mt. 9:1–2; Mc. 2:1–5). Ele realizou muitos milagres neste lugar. Por exemplo: ele curou muitas pessoas (Mc. 1:32–34), incluindo um servo do centurião (Lc. 7:1–10), a sogra de Pedro (Mc. 1:21, 29–31), o paralítico cujo leito foi baixado através do telhado (Mc. 2:1–12) e o homem que tinha a mão mirrada (Mt. 12:9–13). Aqui Jesus também expulsou muitos espíritos maus (Mc. 1:21–28, 32–34), levantou dos mortos a filha de Jairo (Mc. 5:22–24, 35–43), e proferiu o sermão sobre o Pão da Vida na sinagoga de Cafarnaum (João 6:24–59). O Salvador disse a Pedro que pegasse um peixe no Mar da Galiléia, abrisse-lhe a boca e encontraria uma moeda para pagar um imposto (Mt. 17:24–27).

Lugar da Caveira (Gólgota), Jerusalém



 

Segundo os quatro evangelistas, São Mateus, São Marco, São Lucas e São João, Jesus Cristo teria sido crucificado num lugar chamado Calvário (em hebreu Gólgota), que significa "O Lugar da Caveira" (também conhecido por Lugar do Crânio). Atribuiu-se este nome, "Lugar da Caveira", porque o local, fora das muralhas da cidade, apresentava uma elevação que se assemelhava a um crânio, e era também o local onde os condenados à morte eram crucificados.
Existe uma tradição hebraica, contada por Orígenes (século III), que diz que Adão teria sido sepultado no Lugar da Caveira ou Gólgota, o mesmo local onde Jesus Cristo foi crucificado, seguindo a profecia: se a humanidade morria com Adão, ela poderia ressuscitar com Cristo. A caveira de Adão teria sido lavada pelo sangue de Cristo para que todos os filhos de Adão fossem remidos pelo "segundo Adão". Um templo, que consiste numa pequena ábside, chamado Capela de Adão, junto ao Calvário, assinala a tradição simbólica.
Eusébio de Cesareia, que viveu no século IV, admite a existência de um Lugar da Caveira, onde Cristo foi crucificado, e conta, com detalhe, as circunstâncias que levaram à descoberta do Santo Sepulcro nas suas imediações. O achado aconteceu depois do Imperador Constantino ter ordenado, por volta de 325, buscas ao local, que levaram à destruição de um templo pagão, em honra da deusa Afrodite, aí construído. Mais tarde, no topo do monte, foi colocada uma cruz preciosa para assinalar o centro espiritual do mundo dos Cristãos, cruz que foi, posteriormente, saqueada. O Santo Sepulcro foi venerado até ter sido destruído por ordem do Califa Hakem, em 1009, tendo sido, depois, restaurado várias vezes, inclusive pelos cruzados.


Como referenciar este artigo:Lugar da Caveira (Gólgota), Jerusalém. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-02-21].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$lugar-da-caveira-(golgota)-jerusalem>.

Desenterrando um império - Parte 2

Quando Henry Sayce afirmou que os heteus do Antigo Testamento eram o mesmo povo que deixou diversos rastros na região da Ásia Menor, muitos dos acadêmicos da época lhe conferiram o título de "o inventor dos hititas". Evidentemente, os "homens de ciência" da época (e de hoje também) achavam simplória demais a opinião de um erudito fundamentada na Bíblia e nas suas pesquisas de campo.

Curiosamente, as fontes egípcias da época registravam informações surpeendentes sobre o assunto. Tutmoses III, importante faraó da 18ª dinastia (Ca. 1450 a.C.), foi forçado a pagar tributo ao povo de Heta. Da mesma forma, vários relevos nos templos e palácios do país dos faraós registravam as importantes vitórias de Ramsés II sobre os Hititas, na famosa Batalha de Kadesh (ilustração acima), na Síria.

Mas não foram apenas os egípcios que travaram batalhas contra esse povo. O rei assírio Tiglat Pileser I (Ca. 1100 a.C.) gloriava-se em seus registros de ter vencido diversos combates na "Terra de Hatti". As mencões a esse povo só desapareceram em 717 a.C., quando Carchemish, uma das principais cidades hititas, foi destruída.

Entre Tutmes III e a destruição de Carchemish há um período de 700 anos. Seria possível a um pequeno império travar poderosas batalhas com grandes potências como Egito e Assíria? Dificilmente!

Hugo Winckler: a pá alemã em Boghazköy

A confirmação da teoria de Sayce veio por meio dos esforços de um arqueólogo alemão. Seu nome, Hugo Winckler (1863-1913). Os trabalhos foram realizados em Boghazköy, a cidade que foi visitada pelo francês Texier, como vimos anteriormente. Se as pesquisas de Texier foram sem sucesso, o mesmo não se pode dizer daquelas feitas por Winckler, em 1906.

As escavações arqueológicas naquela época eram extremamente precárias. A região era extremamente quente durante o dia, e o frio a noite era praticamente da mesma intensidade. O próprio Winckler registrou em seu diário que durante as noites chuvosas ele dormia com um guarda chuva aberto preso a um dos braços, já que sua barraca estava "um pouco" rasgada.

Além de arqueólogo de campo, este acadêmico alemão era também filólogo, um estudioso de línguas antigas. Os tabletes cuneiformes que foram encontrados em Boghazköy estavam escritos em acadiano, a lingua diplomática das civilizações do antigo oriente médio. Winckler não tinha muitas dificuldades para ler e traduzir esses tabletes. Era comum alguns europeus notáveis terem a habilidade de traduzir textos de civilizações milenares. (Jean François Champolion, por exemplo, aos 16 anos de idade já sabia oito línguas!)

Foi através desse conhecimento que uma de suas principais descobertas veio ao mundo. Certa ocasião, um desses tabletes chegou às mãos dele. Ao começar a tradução, ele se lembrou de uma antiga inscrição egípcia no templo de Karnak, onde Ramsés II selava um tratado (aliança) com o rei Hatusilis III, do país de Hatti. Na verdade, o que Winckler tinha em mão era uma das cartas trocadas entre o próprio Ramsés II com o monarca hitita, discutindo o tratado.

Conclusão: Boghazköy não era uma mera cidade, mas a capital do reino do hititas (na foto ao lado, vê-se as ruínas de Hattusas, atual Boghazköy). Na antiguidade, as correspondências reais ficavam no palácio do rei, que por sua vez ficava na capital do império. No tradução do texto, o antigo nome da capital era Hattusas.
Apesar de estar sendo bem-sucedido, o trabalho foi interrompido por falta de recursos. Um fato interessante nesta história toda é que Winckler era anti-semita, e foi exatamente um banqueiro judeu chamado James Simon que patrocinou as escavações posteriores em Hattusas.

E a Bíblia?

Qual a relevância desses achados para a Bíblia? Quando estudamos o texto do tratado (aliança) entre Ramsés II e Hattusilis III, percebemos que a estrutura é praticamente a mesma daquela encontrada nas alianças registradas no Pentateuco. Uma vez que Ramsés II viveu em meados de 1300 a.C., e a tradição bíblica indica que Moisés escreveu os cinco primeiros livros da Bíblia por volta da mesma época (Ca. 1400 a.C.), somos inclinados a pensar que provavelmente a primeira parte da Bíblia provém da mesma época, não uma época posterior, como querem alguns.

No próximo artigo, examinaremos essa informação comparando a estrutura bíblica com aquela que está no templo de Karnak e que foi descoberta num pequeno tablete por Winckler.

Desenterrando um império - Parte 1

Você consegue imaginar um império tão poderoso e extenso como os egípcios desaparecendo na história e deixando poucos rastros arqueológicos? Por mais estranho que pareça, isso era tão possível que aconteceu. Em 1871, o que se conhecia a respeito dos hititas poderia ser sumarizado em sete linhas, como o fez a enciclopédia germânica Neus Konversationslexicon. Na realidade, o trabalho feito pelo autor do verbete “hititas” foi simplesmente o de juntar as referências esparsas encontradas nas páginas do Antigo Testamento e publicá-las.

Quem eram os hititas? Qual a sua relação com o relato bíblico? No que as descobertas envolvendo esse povo ajudam para a fé nas Escrituras Sagradas? Nesta série de artigos, apresentaremos de forma resumida o que a arqueologia bíblica tem a dizer sobre um dos maiores impérios da antiguidade.

Charles Texier: o ponta-pé inicial

Um nome importante envolvendo o estudo da hititologia é o do francês Charles-Felix-Marie Texier, que por volta de 1834 esteve no norte da Turquia, mais especificamente numa aldeia em Boghazköy. Ao que parece, ele foi o pioneiro em estudos naquela região. Próximo dali Texier se deparou com as ruínas de uma cidade, como Atenas no seu apogeu. A intuição era de que sem dúvida algum grande povo habitou ali passado. Um nativo da aldeia o levou até o lugar chamado Yazilikaya (rocha com inscrições), e foi ali que o pesquisador francês pôde ver os inumeráveis relevos de caráter litúrgico. Além disso, o local estava repleto de sinais semelhantes aos hieróglifos egípcios. Sua expedição, porém, foi sem sucesso na identificação das ruínas e dos sinais.

Pesquisadores alemães e franceses visitaram a região da Ásia Menor e ofereceram excelentes contribuições para os trabalhos de Texier. Ponto decisivo nesta história foram as chamadas “Pedras de Hamath”. Os moradores do local não permitiam qualquer contato com tais pedras, acreditando no seu caráter sobrenatural. É nesse ponto que entra a figura de William Wright. Ele já conhecia os objetos e conseguiu permissão do governo para aprofundar seus estudos utilizando-os. Texier conhecia as peças, mas não sabia o que eram. Em contra-partida, Wright tinha as inscrições, mas não sabia como traduzi-las.

Em 1870, W. H. Skeene e G. Smith, pesquisadores do Museu Britânico, encontraram as ruínas de Carchemish, na margem direita do Eufrates. Para surpresa deles, as imagens desenterradas eram semelhantes àquelas que Texier vira e as inscrições eram idênticas às que Wright tinha em mãos. Não apenas isso, mas alguns selos com a mesma escrita foram encontrados em Ismirna, na costa da Ásia Menor. Em outras palavras, uma escrita unificada de um povo unificado que habitou num vasto território.

Archibald Henry Sayce: a ousadia de um acadêmico

Foi nesse contexto que A. Henry Sayce, pesquisador oriental de 34 anos, afirmou, com base em suas pesquisas de campo e em passagens do Antigo Testamento, que todo esse rastro histórico pertencia aos antigos hititas, os heteus das páginas sagradas. A afirmação foi, é claro, recebida com descrédito. Como um livro religioso poderia conter dados históricos confiáveis? A informação bíblica parecia absurda demais. Em 2 Reis 7:6, por exemplo, os reis hititas são mencionados juntamente com os monarcas egípcios e, de forma curiosa, eles são mencionados antes que desses faraós.

Essa dúvida foi solucionada nos anos seguintes. A pá dos arqueólogos pôde revelar a existência de um poderoso império semelhante ao egípcio e ao babilônico, por volta do II milênio a.C., chamado de Hatti nos textos assírios, de Heta nas inscrições hieroglíficas e de heteus no Antigo Testamento.

Colméias de 3 mil anos são descobertas em Israel

Escavações arqueológicas no norte de Israel revelaram evidências de apicultura praticada há 3 mil anos, incluindo restos de antigos favos de mel, cera de abelhas e o que os pesquisadores envolvidos acreditam ser as mais antigas colméias intactas já descobertas. O achado, nas ruínas da cidade de Rehov, inclui 30 colméias intactas datando de cerca de 8900 a.C., disse o arqueólogo Amihai Mazar, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Ele diz que esta é uma evidência sem precedentes da existência da apicultura avançada na Terra Santa em tempos bíblicos.

A apicultura era amplamente praticada na Antiguidade, onde o mel tinha aplicações religiosas e medicinais, além de como alimento, e a cera era usada na fabricação de moldes e como superfície de escrita.

As colméias, de palha e barro cru, têm um orifício em uma extremidade, para permitir a entrada e saída de abelhas, e uma tampa, que dava aos apicultores acesso aos favos.

A Bíblia se refere repetidamente ao território onde hoje está Israel como "terra do leite e do mel", mas acreditava-se que o mel seria um doce feito de tâmaras e figos - não há menção a mel de abelha. Mas a descoberta mostra uma indústria bem desenvolvida de apicultura na área há 3 mil anos.

"Dá para dizer que esta era uma indústria organizada, parte de uma economia organizada, numa cidade ultra-organizada", disse Mazar.

(O Estado de S. Paulo)

Pesquisadora identifica carimbo de Jezabel

Na Bíblia, ela ganhou fama de manipuladora, inescrupulosa e até devassa. A rainha Jezabel é uma das piores vilãs do Antigo Testamento, sem dúvida. Mas pelo menos tinha um bocado de estilo, a julgar pelo sinete (uma espécie de carimbo pessoal) que uma pesquisadora holandesa acaba de identificar como pertencente a ela - um dos raros [sic] casos em que um personagem bíblico deixa traços diretos de sua existência.

A análise que confirmou a associação de Jezabel com o sinete, que é feito de opala e está repleto de desenhos e inscrições, foi feita por Marjo Korpel, especialista da Universidade de Utrecht. Com o trabalho de Korpel, que será publicado numa revista científica especializada em estudos lingüísticos, parece chegar ao fim um mistério de quatro décadas.

Isso porque já se suspeitava que o artefato, obtido nos anos 1960 por um arqueólogo israelense no mercado de antigüidades, tivesse pertencido a Jezabel. Mas havia um problema bizarro: o suposto nome da rainha, gravado na opala, estava escrito errado - o que levou muita gente a achar que se tratasse de uma outra pessoa, embora de nome parecido.

Com paciência de detetive, Korpel analisou o sinete e o comparou com outros objetos do mesmo tipo e da mesma época, ou seja, produzidos por volta do ano 850 a.C., quando viveram Jezabel e seu marido Acabe, rei de Israel. Pela distribuição das letras e pela presença de uma pequena área quebrada no objeto, a pesquisadora holandesa estimou que originalmente havia mais duas letras hebraicas no sinete - o suficiente para "corrigir" o nome de Jezabel.

Além disso, o objeto era muito maior que os outros da mesma época e repleto de símbolos associados à realeza e ao sexo feminino, como uma esfinge com coroa de rainha, serpentes e falcões. Para Morjen, tudo isso torna altíssima a probabilidade de que o sinete realmente tenha pertencido a Jezabel.

Jezabel (de origem fenícia, segundo a Bíblia) e seu marido Acabe reinaram numa época em que o antigo reino israelita estava dividido em duas partes rivais: Judá, no sul, cuja capital era Jerusalém e cujo povo deu origem aos atuais judeus; e Israel, no norte, onde o casal governava e cuja capital era Samaria.

No Primeiro Livro dos Reis, na Bíblia, Jezabel é retratada como uma mulher corrupta, que faz os habitantes de Israel adorarem deuses pagãos e ainda induz seu marido Acabe a tomar injustamente as terras de seus súditos. Juízos de valor à parte, o sinete parece mostrar que a rainha de fato era muito influente: ele era usado para ratificar documentos, o que significa que ela podia "despachar" por conta própria em seu palácio.

(G1 Notícias)

Carimbo prova existência de família bíblica

Arqueólogos israelenses encontraram em Jerusalém um sinete (uma espécie de carimbo) de cerca de 2.500 anos de idade que, segundo especialistas, mostra o valor da Bíblia como fonte de documentação histórica. O sinete estampa o nome da família Tema, a qual, de acordo com o Livro de Neemias, estava entre os exilados que retornaram a Judéia no ano 537 a.C. após o fim do cativeiro na Babilônia.

"É um nexo entre as provas arqueológicas e o relato bíblico, ao evidenciar a existência de uma família mencionada na Bíblia", diz a arqueóloga Eilat Mazar, que dirige as escavações que acharam o sinete, de pedra escura, com forma elíptica e dimensões de 2,1 centímetros por 1,8 centímetro.

Mazar explicou que, segundo a Bíblia, os Tema viviam em uma região de Jerusalém conhecida como Ofel, designada especialmente aos servidores do Primeiro Templo, construído pelo rei Salomão no século 10 a.C. O relato bíblico conta que, após os israelitas serem deportados à Babilônia por Nabucodonosor, depois de este conquistar Jerusalém em 586 a.C., os Tema estavam entre as primeiras famílias a retornar à Judéia.

A arqueóloga ressaltou a influência mesopotâmica mostrada pelo carimbo, que em uma de suas faces possui gravada a cena de um ritual. Nele, dois sacerdotes dispostos em ambos os lados de um altar oferecem sacrifícios à deusa babilônica Sin, representada por uma lua crescente. Para um judeu, essa referência ao paganismo teoricamente não seria permitida.

A especialista disse que o detalhe chamou a atenção, e especulou-se a possibilidade de o selo ter sido feito na Babilônia, com um espaço vazio para o nome de um possível cliente, e que pode ter sido comprado por seus proprietários em algum bazar.

Eilat Mazar, que concentra grande parte de suas investigações no período mais antigo da história de Israel, é responsável também por outras descobertas importantes, como a da base de uma estrutura arquitetônica localizada em Jerusalém e que poderia corresponder ao palácio do mítico rei Davi.

(G1 Notícias)

A união fez a força

Davi e Salomão são personagens bem conhecidos nas páginas do Antigo Testamento. Eles foram reis de Israel que contribuíram muito para a grandeza dessa nação. Mas quando Roboão, o filho de Salomão, assumiu o controle do reino, as coisas foram de mal a pior. Sua propaganda política não era nem um pouco empolgante, já que no “discurso de posse” ele deixou claro que seu perfil era ditatorial (1 Reis 12:14).

O estilo de governo de Roboão trouxe sérias conseqüências para a história de Israel. O povo não o seguiu e, como resultado, o reino foi dividido. O reino do norte (ou de Israel) era composto por dez tribos e tinha sua capital em Samaria. Já o reino do Sul (ou de Judá) era formado apenas pelas tribos de Benjamim e Judá, e sua capital era a conhecida Jerusalém.

Nessa mesma época, por volta do ano 930 a.C., o Egito estava sofrendo com um problema parecido. A 21ª dinastia teve uma dupla administração, uma em Tanis, no norte, e outra em Tebas, no sul. Era um período de decadência no país dos faraós. A tão valorizada arte egípcia não era nada nesse período e a força militar poderia ser vencida facilmente.

Esse quadro mudou rapidamente quando o faraó Sheshonk (ou Sisaque) subiu ao trono e deu início à 22ª dinastia conhecida como líbia. Ele reunificou o reino e estabeleceu uma política de encher os cofres vazios do Egito. De acordo com 2 Crônicas 12:1-12, esse faraó invadiu o reino de Judá no ano 925 a.C. Ali é nos dito que ele levou para o Egito tesouros do Templo, escudos de ouro da época de Salomão e muitos bens da casa do rei.

Curiosamente, numa das paredes do templo de Amon, em Karnak, pode ser vista hoje uma série de relevos e inscrições sobre as campanhas militares de Sheshonk. Uma parte da inscrição menciona um certo Judah Melekh (Rei de Judá), e provavelmente seja uma referência a Robão. Mais uma história bíblica confirmada pelas pás dos arqueólogos!

A arqueologia bíblica nos ajuda e exemplificar um conhecido ditado: A união faz a força! Israel enfraqueceu quando o reino foi dividido e o Egito voltou a ser forte quando se uniu. Sem dúvida, a união fez a diferença.

Arqueólogos encontram palácio da rainha de Sabá

Arqueólogos alemães encontraram os restos do palácio da lendária rainha de Sabá na localidade de Axum, na Etiópia, e revelaram assim um dos maiores mistérios da Antigüidade, segundo anunciou a Universidade de Hamburgo. "Um grupo de cientistas sob direção do professor Helmut Ziegert encontrou durante uma pesquisa de campo realizada nesta primavera européia o palácio da rainha de Sabá, datado do século X antes de nossa era, em Axum-Dungur", destaca o comunicado da universidade. A nota diz que "nesse palácio pode ter ficado durante um tempo a Arca da Aliança", onde, segundo fontes históricas e religiosas, foram guardadas as tábuas com os Dez Mandamentos, que Moisés recebeu de Deus no Monte Sinai. Os restos da casa da rainha de Sabá foram achados sob o palácio de um rei cristão.

"As investigações revelaram que o primeiro palácio da rainha de Sabá foi transferido pouco após sua construção, e levantado de novo orientado para a estrela Sirius", dizem os cientistas. Os arqueólogos acreditam que Menelik I, rei da Etiópia e filho da rainha de Sabá e do rei Salomão, foi quem mandou construir o palácio em seu lugar definitivo.

Os arqueólogos alemães disseram que havia um altar no palácio, onde provavelmente ficou a Arca da Aliança, que, segundo a tradição, era um cofre de madeira de acácia recoberto de ouro.

As várias oferendas que os cientistas alemães encontraram no lugar onde provavelmente ficava o altar foram interpretadas pelos pesquisadores como um claro sinal de que a relevância especial do lugar foi transmitida ao longo dos séculos.

A equipe do professor Ziegert estuda desde 1999, em Axum, a história do início do reino da Etiópia e da Igreja Ortodoxa Etíope.

"Os resultados atuais indicam que, com a Arca da Aliança e o judaísmo, chegou à Etiópia o culto a Sothis, que foi mantido até o século VI de nossa era", afirmam os arqueólogos.

O culto, relacionado à deusa egípcia Sopdet e à estrela Sirius, trazia a mensagem de que "todos os edifícios de culto fossem orientados para o nascimento da constelação", explica a nota.

O comunicado também diz que "os restos achados de sacrifícios de vacas também são uma característica" do culto a Sirius praticado pelos descendentes da rainha de Sabá.

(G1 Notícias)

O fiasco de um rei

Corria o ano de 1845. Era um inverno rigoroso. Diversos homens trabalhavam em Calah (antiga Ninrode) sob a supervisão do arqueólogo britânico Henry Layard. Devido ao frio intenso e ao solo duro, ficava cada vez mais difícil escavar. Para complicar a situação, o dinheiro que financiava a escavação estava acabando!

Layard pediu para seus homens trabalharem apenas mais um dia. Minutos depois de eles terem voltado às escavações, todo esforço foi recompensado. Eles fizeram uma das descobertas mais importantes da arqueologia bíblica! Trata-se do Obelisco* Negro de Salmanasar III, rei assírio que reinou entre os anos 858 até 824 a.C.

Os especialistas em escrita cuneiforme começaram então a traduzir as quase 200 linhas de textos desse rei. Elas falavam de vários governantes de diversos lugares que haviam presenteado Salmanasar III e lhe prestado homenagem, prostrando-se diante dele.

Vários nomes bem diferentes dos nossos estavam no texto: Marduk-apil-usur, rei de Suhi, Qalparunda, rei de Patin, Jeú, rei de Israel... Rei de Israel? Sim, o obelisco encontrado por Layard continha o nome de um rei de Israel que a Bíblia também menciona. E, para surpresa geral, havia uma “foto”, um relevo de Jeú ajoelhado diante do monarca assírio!

O texto, que está logo após o relevo do personagem bíblico, diz: “Tributo de Jeú, filho de Omri. Prata, ouro, vasos de prata... cetros para a mão do rei [e] dardos, [Salmanasar] recebeu dele.” O rei de Israel não deveria reverenciar um ser humano, já que essa é uma prática que a própria Bíblia condena (Êx 20:3). Só essa informação já nos basta para descobrir que Jeú não era um bom servo de Deus. A Bíblia diz que ele “não teve o cuidado de andar de todo o coração na lei do Senhor, Deus de Israel” (2Rs 10:31).

Hoje, o Obelisco Negro de Salmanasar III pode ser visto no Museu Britânico, em Londres. Provavelmente, Jeú nem imaginava que sua atitude errada seria registrada numa “foto” e que ela seria guardada para a posteridade! É por isso que devemos cuidar das nossas atitudes. Nosso caráter é revelado justamente em momentos em que pensamos que ninguém está nos vendo.

Achado arqueológico 'revive' conspiradores bíblicos

Júbilo impera entre os arqueólogos bíblicos! Mais dois personagens da corte judaica deixaram de ser conhecidos apenas nas páginas das Bíblias ao redor do mundo para se apresentarem a todos através de uma descoberta arqueológica. Essa descoberta é incrivelmente significativa porque reforça o que muitos cristãos têm afirmado ao longo dos séculos: a Bíblia é um documento histórico confiável! Alguém pode questionar: "Qual a importância desse achado para o mundo acadêmico? De que maneira ele favorece a confiabilidade histórica da Bíblia?" Vejamos.

A recente descoberta desenterrou a segunda prova de que o texto de Jeremias 38:1 foi baseado em fatos históricos confiáveis. Esse texto menciona os principais ministros do Rei Zedequias (597-586 a.C), o último rei de Judá: Jucal, filho de Selemias e Gedalias, filho de Pasur.

Esse achado está relacionado com outro artefato desenterrado em 2005 e que também foi causa de muita celebração, pois foi o primeiro que corroborou o texto bíblico de Jeremias 38:1. Na ocasião, foi encontrado o selo de Jucal, filho de Selemias (Yehukal ben Selemyahu).

Desta vez, o selo encontrado foi de Gedalias, filho de Pasur! E tem mais: os nomes impressos sobre eles estão completos e em perfeitas condições de serem lidos. A informação torna-se mais impressionante, já que estamos falando de documentos de 2600 anos atrás!

As letras da inscrição Gedalyahu ben Pasur (Gedalias, filho de Pasur) estão em hebraico antigo e em perfeito estado de conservação, o que facilitou a tradução das duas linhas. Sendo o hebraico uma língua lida da direita para a esquerda, a primeira letra da primeira linha (l), é a preposição “para, pertencente a”, e as três últimas letras da mesma linha (yhw) é a forma abreviada do nome de Deus (YHWH), pronunciado comumente como “yahu”. Gedalias significa “O Senhor é Grande”. Pena que seu nome não revelou seu caráter, já que no capítulo 38 de Jeremias ele e outros ministros, entre eles Jucal, tentaram matar o profeta lançando-o numa cisterna sem água. Jeremias só não morreu graças aos esforços de um etíope, Ebede Meleque, que o retirou de lá.

A responsável pela descoberta foi a arqueóloga israelense Eilat Mazar, da Universidade Hebraica, de Jerusalém. Seu nome veio à tona quando, em 2005, ela anunciou a descoberta do palácio de Davi, na parte mais baixa de Jerusalém.


Nas palavras dela: “Não é muito freqüente que uma descoberta aconteça em que figuras reais do passado agitam a poeira da história e tão vividamente revivem as histórias da Bíblia.”

Todas essas evidências exigem um veredito: a Bíblia é um documento histórico confiável!

Granada do Império Otomano é descoberta em muralha de Jerusalém

 




JERUSALÉM - Uma granada de mão com mais de um século de antiguidade, ainda do Império Otomano, foi descoberta nesta semana em uma das paredes da muralha que circunda a cidadela antiga de Jerusalém, nas quais estão sendo realizadas obras de revitalização.

A localização ocorreu nas imediações do Portão de Damasco, quando uma equipe de conservação encarregada de reparar fragmentos de pedras danificadas pela passagem dos anos descobriu o artefato incrustado na muralha, conforme comunicado divulgado hoje pela Autoridade para Antiguidades de Israel.

Artífices da Polícia confirmaram tratar-se de uma granada que continha entre 200 e 300 gramas de explosivos, do período em que os turcos controlavam a cidade santa.

"A pedra estava parcialmente quebrada e provavelmente alguém pensou que aquele era um bom lugar para esconder a granada de mão", manifestou o responsável pelo departamento de conservação da Autoridade de Antiguidades de Israel.

O Império Otomano conquistou Jerusalém em 1526 e manteve sua hegemonia na cidade até 1917.


Fonte: Estadão

Documento mais antigo do mundo é encontrado em Jerusalém

 




Arqueólogos israelenses disseram ter encontrado o documento escrito mais antigo de que se tem registro no mundo. O pequeno fragmento de barro data do século 14 a.C.

O fragmento, encontrado em Jerusalém, tem cerca de 2,8 centímetros de diâmetro e grossura de um centímetro. O texto está escrito em símbolos cuneiformes, no idioma acadiano.

Apesar do tamanho do fragmento, é possível ver nove linhas escritas. Mas os arqueólogos conseguiram apenas ler palavras isoladas como "eles", "você" e "depois", sem conseguir entender o contexto do que foi escrito.


Fonte: Terra Notícias

Encontrado Templo Filisteu no Lar de Golias

 




Por Ben Hartman

Arqueólogos encontraram um templo filisteu e também evidências do maior terremoto dos tempos bíblicos, durante as escavações realizadas no Parque Nacional Tel Tzafit, próximo a Kiryat Gat.

O sítio arqueológico abriga a cidade filistéia de Gate, o lar do antigo guerreiro Golias.

O Prof. Aren Maeir do Departamento de Estudos e Arqueologia da Terra de Israel, disse nesta quarta-feira, que o templo pode lançar luz sobre a arquitetura na Filistia quando o herói judeu Sansão, supostamente, derrubou o templo de Dagon sobre si mesmo.

Maeir disse que a arquitetura do templo filisteu é o primeiro achado desse tipo em Gate, ajudando a esclarecer como teria sido o templo de Dagon, em particular os dois pilares que ancoravam o centro da estrutura.

“Não afirmamos que este é o mesmo templo em que ocorreu a história de Sansão ou que a história nunca aconteceu,” disse Maeir. “Mas, ele nos dá uma boa ideia de que imagem o escritor da história poderia ter de um templo filisteu.”

Maeir disse que os sismólogos que examinaram o sítio confirmaram que um grande terremoto ocorreu ali, estimado em 8 pontos na escala Richter. A maior evidência foi a presença de tijolos da muralha que haviam sidos derrubados e espalhados “como um baralho de cartas”.

“Se os sismólogos estão certos, os 8 graus na escala Richter teria aplainado uma grande cidade. A intensidade da energia necessária para mover as muralhas só poderia ter sido de algo muito poderoso,” disse Maeir.

“Sabemos que este é o mais famoso terremoto mencionado no Livro de Isaías e no Livro de Amós... O que temos aqui é a mais forte evidência arqueológica de um dramático terremoto, um evento natural que deixou uma marca muito significante nos profetas bíblicos da época.”

O sítio no Parque Nacional Tel Tzafit contém um dos “montes de ruína” mais antigos de Israel, estima-se que a habitação humana contínua iniciou a partir do quinto milênio a.C até hoje.

Outros achados importantes são as evidências da destruição de Gate pelo Rei Hazael de Damasco, por volta de 830 a.C, e a evidência do primeiro assentamento filisteu em Canaã.

Maeir disse que os itens incluem o equipamento de cerco usado por Hazael durante o ataque sobre Gate, o mais antigo achado arqueológico do seu gênero já descoberto.


Fonte: Jerusalem Post

Arqueólogos acham bracelete de 1.550 a.C. em Israel

 




Bracelete pertenceria a pessoa de alto nível social

Foto: Art Daily

O governo de Israel divulgou nesta terça-feira uma imagem de um bracelete de bronze descoberto em um sítio arqueológico de Safed, no norte do país. Os cientistas acreditam que o objeto foi criado entre 1.550 a.C. e 1.200 a.C., durante a Idade do Bronze. As informações são da EFE.

Os arqueólogos dizem que o bracelete está em perfeito estado de conservação e tem adornos que fazem referência ao poder, à fertilidade e à lei, o que indica que pode ter pertencido a uma pessoa de alto nível na sociedade local da época.


Fonte: Terra Notícias

Uma Contradição Ignorada entre a Estela de Merneptah e os Dados Arqueológicos

 



Uma Contradição Ignorada entre a Estela de Merneptah e os Dados Arqueológicos

De acordo com a pesquisa arqueológica, a origem do povo israelita está associada com o surgimento de centenas de aldeias agrícolas, que começaram a surgir na região montanhosa central em 1.100 a.C. A Estela de Merneptah, contudo, documenta a existência de Israel em 1209 a.C. A presença desse grupo populacional antes deles deixarem qualquer remanescente arqueológico é um fato significante e ignorado nos estudos atuais.






Por Todd Bolen
Bibleplaces.com
Agosto de 2010

Este breve ensaio destina-se a destacar uma contradição entre dois fatos bem estabelecidos relacionados à origem do povo israelita na terra de Canaã. Essas conclusões tem mantido o consenso acadêmico por décadas, porém o conflito óbvio entre eles é ignorado ou os fatos são “ajustados” de modo a fazer a discrepância menos óbvia. A disparidade entre as fontes textuais e arqueológicas tem implicações significantes para a visão de consenso sobre a origem de Israel.

Levantamentos arqueológicos e escavações durante os últimos cinquenta anos revelaram uma explosão populacional na região montanhosa de Canaã, começando no século 12 a.C. Em seu levantamento arqueológico, Mazar declara que “o processo começou no início do século 12 a.C, na região montanhosa central e também se estendeu a Transjordânia e ao norte do Negev.”[1] Stager comenta sobre o “aumento extraordinário da população no Ferro I” e avalia que “deve ter sido a maior afluência de pessoas à região montanhosa dos séculos 12 e 11 a.C.”[2] Rainey e Notley escreveram que “a língua e a religião dos primeiros israelitas, evidentemente, se originaram na Transjordânia e foram levadas à Cisjordânia por pastores nômades no século 12 a.C.”[3] O processo de assentamento foi descrito por Callaway e Miller: “Durante os dois primeiros séculos da Idade do Ferro (c.a 1.200 a.C.), mais ou menos duzentos à trezentos pequenos assentamentos foram implantados na região montanhosa da Palestina.”[4] Finkelstein cuidadosamente considerou a datação desse novo movimento, afirmando que “os dados usados para atribuir o início do assentamento israelita no século 13 são, portanto, poucos e inconclusivos.”[5] Assim pode-se concluir que “Não há quase nenhum apoio arqueológico para datar o início do assentamento israelita antes do século 12 a.C.”[6] Os estudiosos estão em consenso que no início do século 12 a.C., centenas de pequenos assentamentos agrícolas foram fundados, podendo ser associados com o povo conhecido como israelitas.

A Estela de Merneptah, descoberta antes do trabalho arqueológico na região montanhosa central ter começado, cita o nome do povo de Israel como um dos inimigos do Egito durante o reinado de Merneptah (1213 – 1203). Embora quiséssemos que mais informações sobre Israel fossem registradas nela, alguns pontos importantes estão claros.[7] Primeiro, Israel é listado entre os inimigos derrotados pelo Egito. Segundo, Israel não é registrado como uma cidade, mas como um povo. Assim, em cerca de 1.209 a.C, um grupo real de pessoas foi conhecido no Egito como “Israel”. Deveriam ter sido consideráveis em tamanho e respeito, caso contrário, não teria justificativa a menção por Merneptah.[8] Sua afirmação sobre Israel que “a sua semente não é” é um exagero óbvio, porém como há uma, torna-se mais impactante se ele está descrevendo um grande inimigo.

Resumindo, as evidências arqueológicas indicam que o povo de Israel surgiu na região montanhosa central num processo complexo que não se iniciou antes de 1.200 a.C. A Estela de Merneptah testemunha um grupo populacional significativo que estava bem estabelecido em torno de 1.209 a.C. A questão óbvia é: onde estão os israelitas que lutaram com Merneptah no registro arqueológico?

Alguns, como Dever, estão conscientes desta disparidade, porém eles não resolvem a questão. Em vez disso, a abordagem preferida é agir como se não houvesse discrepância - sem suporte em evidências - que Israel deve ter começado a se estabelecer no final do século 13 a.C. Deste modo, até mesmo Dever pode escrever num artigo publicado recentemente em The Bible and Interpretation, “o que alguns acadêmicos bíblicos parecem fazer é a tal da arqueologia tapa-buracos.” Temos um registro arqueológico completo e contínuo do final do século 13 até o século 6, com nenhuma geração faltando.[9] Dever até contrasta num lugar o século 13 “cananita” com o século 11 “israelita”.[10] É legitimo Dever falar do “século 13-12 a.C, vilas [israelitas] recentemente trazidas à luz pela arqueologia”?[11] Ele não dá evidências das vilas do século 13, só afirma que, enquanto Finkelstein data o início do assentamento no final dos séculos 12 e 11, “eu creio que começou no século 13 a.C.”[12] A fé de Dever está aparentemente baseada sobre a Estela de Merneptah, apesar da falta de evidências da arqueologia.

Mesmo se permitirmos Dever e outros a, arbitrariamente mover a data inicial das vilas agrícolas do início do Ferro I até o final do Bronze Posterior II, o problema não está resolvido. Centenas de vilas agrícolas não podem aparecer do dia para a noite, mas são o resultado de um lento e complexo processo que teve lugar em diferentes épocas e ritmos por toda a terra de Canaã.[13] A semelhança cultural entre as cidades cananitas e as (assumidas) vilas agrícolas israelitas é indiscutível e, provavelmente, “resultado da convivência entre eles, dos padrões de casamento e do apoio mútuo ao longo do tempo.”[14] Halpern escreve que foi durante esse período de contato próximo que Israel assumiu gradualmente a sua identidade. “Ao longo dos séculos 13 e 12, uma consciência e solidariedade étnica floresceram em Israel.”[15]

Fato é que a Estela de Merneptah é uma verdade inconveniente, vindo antes do processo que os estudiosos assumem ter levado a uma consciência e solidariedade israelita. Um povo conhecido como Israel foi estabelecido, reconhecido, e organizado suficientemente para ser hostilizado pelo Egito antes dos arqueólogos afirmarem a sua existência.[16] Embora haja meros dez anos entre a Estela de Merneptah e o início do século 12, o ponto importante é que Israel é um grupo populacional estabelecido na Estela de Merneptah, enquanto o movimento de assentamento da região montanhosa só começou no início do século 12.

Mazar admite esse ponto em sua declaração que “os arqueólogos não tem conseguido descobrir os vestígios desse estágio inicial” do assentamento israelita.[17] Como os atuais estudos arqueológicos são desconhecedores da presença documentada de Israel, mesmo em 1.209 a.C, eles não são uma fonte confiável para nos informar sobre a existência de Israel antes dessa época.


Fonte: The Bible and Interpretation

Templo moabita com mais de 3 mil anos é descoberto na Jordânia

 




EFE - EFE

A localização de um templo moabita de 3 mil anos foi anunciada pelo Departamento de Antiguidades jordaniano, que classificou a descoberta como uma das mais importantes da Idade do Ferro (que se estendeu de 1.500 a 27 a.C.).



ReproduçãoA estela de Mesha, inscrição do Reino de Moab encontrada no século 19No templo de três andares e cuja construção, acredita-se, tenha ocorrido entre o período 1.200 e 600 a.C. foram encontradas mais de 300 peças. A análise indica que existe a possibilidade de a construção fazer parte de um centro político e religioso do reino de Moab, como detalhou o diretor do departamento jordaniano, Ziad Saad.



Em comunicado, Saad sustenta que a descoberta foi feita no mês passado por uma equipe do Departamento de Antiguidades jordaniana e a universidade La Sierra, dos Estados Unidos.

Entre as peças destaque para uma estátua com cabeça de touro do deus moabita, além de recipientes, lâmpadas e altares de rituais religiosos.

A descoberta ocorreu próximo à cidade de Dibã, a 50 quilômetros ao sul de Amã.

"A Idade de Ferro foi um grande e importante período histórico e político no qual reinos fortes alcançaram inúmeros avanços tecnológicos", disse o diretor do Departamento de Antiguidades.

Acredita-se que os moabitas eram tribos do povo cananeu que se estabeleceram na margem do rio Jordão no século 14 a.C. Seu reino chegou ao fim com a invasão persa, por volta do século 7 a.C.


Fonte: O Estadão

Pergaminhos do Mar Morto poderão ser vistos na internet

 




Mais antigos manuscritos em hebraico serão digitalizados em alta definição e colocados na internet

Foto: EFE

Reduzir Normal Aumentar Imprimir Os manuscritos do Mar Morto, os mais antigos manuscritos em hebraico que são conhecidos, poderão ser vistos em um arquivo online graças a uma nova iniciativa revelada pela Autoridade de Antiguidades de Israel e pelo Google.

O projeto vai dar aos usuários da internet a oportunidade de visualizar os pergaminhos, digitalizados em alta definição.

Encontrados por acaso em 1947 nas cavernas localizadas em Qumran, um importante sítio arqueológico perto do Mar Morto, os textos dos pergaminhos de 2 mil anos contêm fragmentos de todos os livros do Antigo Testamento, exceto Ester, e de vários apócrifos e escrituras das seitas.

Os textos, que foram encontrados divididos em mais de 30 mil peças e compilados em 900 rolos, são fortemente vigiados em Jerusalém, em um prédio do Museu de Israel que é um abrigo nuclear.

Os internautas poderão participar do que a autoridade de Antiguidades descreveu como "o jogo final de quebra-cabeças", já que terão a oportunidade de recompor os pergaminhos, juntando peças e até descobrindo novas formas de ler os textos em hebraico antigo, corroídos e descoloridos com o passar dos anos.

"Nós estamos fazendo história, ligando progresso e passado com o objetivo de preservar essa herança única para as gerações futuras", disse em um comunicado a diretora-geral da Autoridade de Antiguidades, Shuka Dorfman.


Estátua do faraó Amenhotep III é encontrada no Egito

 




A estátua, de 3,4 mil anos atrás, mostra o faraó sentado ao lado do deus Hórus (Sol), com sua cabeça de falcão

Foto: AFP

Reduzir Normal Aumentar Imprimir Arqueólogos encontraram em Luxor, no sul do Egito, parte de uma estátua de quase 3,4 mil anos que representa o faraó Amenhotep III, anunciou o ministro egípcio de Antiguidades, Zahi Hawass.

A estátua mostra o faraó sentado ao lado do deus Hórus (Sol), com sua cabeça de falcão. A metade superior da estátua, em granito vermelho, foi descoberta no sítio do templo funerário de Amenhotep III, em Kom Al Hitan, no oeste de Luxor. "É um dos achados mais lindos feitos no sítio funerário" de Amenhotep III, disse Hawass.

Os arqueólogos já haviam descoberto, no mês passado, outra estátua do faraó Amenhotep III, de 3 mil anos, na mesma região. Amenhotep III, que reinou o Egito entre 1390 e 1352 a.C., seria o avô de Tutankamon, segundo análises de DNA de diversas múmias.


Fonte: Terra Notícias

Escavações em Israel revelam palácio construído no século 8 a.C.

 



Complexo provavelmente foi usado pelos impérios que dominaram a região na Antiguidade

EFE - EFE

Um palácio que estava rodeado de jardins, cujos segredos ainda não foram desvendados, foi construído há séculos em uma colina nos arredores de Jerusalém e servia de posto para vigiar a cidade santa.

Há cinco anos, arqueólogos e historiadores de Israel e Alemanha tentam descobrir os mistérios que rodeiam as ruínas do palácio, que foi construído no final do século 8 a.C. na região conhecida hoje como Ramat Rahel, entre as cidades de Jerusalém e Belém.

O complexo era visível desde as duas principais vias que levavam à cidade de Jerusalém e, provavelmente, floresceu na época dos assírios, até ser esquecido e abandonado.

No local, é possível observar os restos de trincheiras construídas durante a guerra de 1948 entre judeus e árabes.

"Trata-se de um palácio do período dos reis de Judá. É único. Não há nenhum deste tamanho e beleza em todo Israel. Nem mesmo em Jerusalém encontramos restos de palácios daquela época", disse o arqueólogo responsável pelas escavações, Yuval Gadot.

A área abriga os restos de "um grande complexo que incluía um palácio de arquitetura grandiosa, com um jardim interior, um pátio e um jardim que o rodeava todo", afirmou o arqueólogo.

A escavação, codirigida pelos professores Oded Lipschits, da Universidade de Tel-Aviv, e Manfred Oeming, da Universidade de Heidelberg (Alemanha), "lança luz sobre uma época histórica que está muito distante e nos dá mais informação sobre aquele tempo", ressaltou Gadot.

A descoberta mais surpreendente são os jardins, já que nunca se havia encontrado em Israel vestígios de parques dessa época, ao contrário da região da Mesopotâmia, no atual Iraque, e da Europa, onde muitas áreas verdes foram descobertas.

"Os jardins rodeavam o palácio com o objetivo de chamar a atenção de qualquer ponto em Jerusalém. Foram usadas sofisticadas e poderosas instalações de água, túneis esculpidos em pedra e recobertos interiormente e por fora. Tudo para criar uma paisagem artificial, um paraíso nas montanhas desertas de Jerusalém", disse Gadot.

Segundo Gadot, os jardins contradiziam a realidade da época: "É como se alguém dissesse 'não tenho água, portanto vou usá-la exageradamente para ressaltar meu poder. Não há vegetação, portanto vou colocar plantas por todas as partes, um jardim que todo mundo possa admirar de longe. Criarei um lugar para deuses, transformarei uma montanha em uma planície repleta de jardins'".

A teoria mais plausível para os arqueólogos é que o palácio tenha servido de centro administrativo para os representantes dos diferentes impérios da época, enviados pelos imperadores sírios, babilônios e persas que controlaram a Judeia e usaram este lugar para recolher impostos.

"O poder que vemos aqui é maior que o que tinham os reis de Judá, é um poder imperial", afirma o arqueólogo.

Uma análise da terra revela que os jardins foram vistos pela última vez no início do período helenístico.

Nos cinco anos de pesquisas, os arqueólogos ainda não conseguiram compreender totalmente os complexos sistemas de distribuição de água que alimentavam o jardim e que, segundo Gadot, foram projetados "não só para recolher a pouca água da chuva e levá-la de um lugar para o outro, mas com objetivo estético".

A escavação revela complexas estruturas com túneis que parecem não levar a lugar algum, cuja função ainda está por decifrar.

Após servir de centro administrativo no período helenístico, o palácio foi abandonado e desapareceu. Em seu lugar, nasceu uma vila romana em meados do século 2 d.C.


Fonte: Estadão

Tempestade desenterra estátua romana em Israel

 



A obra tem 1,2 m de altura e pesa 200 kg e tem entre 1,8 mil e 2 mil anos

Foto: BBC Brasil


Uma estátua romana que estava enterrada havia séculos foi revelada após uma tempestade que atingiu a cidade israelense de Ashkelon. A escultura feminina de mármore branco foi encontrada por um transeunte depois que uma tempestade na costa israelense derrubou parte de um rochedo.

A obra tem 1,2 m de altura e pesa 200 kg. Segundo a autoridade que cuida das antiguidades de Israel, a estátua tem entre 1,8 mil e 2 mil anos. A porta-voz da entidade, Yoli Schwartz, disse que, embora sem os braços e a cabeça, a estátua conta com "sandálias delicadamente esculpidas" e intactas.

O órgão de antiguidades já levou o achado para uma série de testes e estudos. Por outro lado, a tempestade danificou outros sítios arqueológicos, como o porto romano de Caesarea. As autoridades devem visitar a área para avaliar os danos.


Arqueologia: 650 tabletes cuneiformes babilônicos documentando 8.000 anos de história da Síria

 




Síria (Hasaka) - Descobertas arqueológicas no sítio de Tell Lilan, localizado a 120 km a nordeste de Hasaka, indicam a importância histórica do local, que remonta ao início do segundo milênio a.C.

O sítio está localizado em uma das principais rotas comerciais da antiguidade, que liga Capadócia, Ashur e os principados da Anatólia.

As escavações realizadas em diversos setores do sítio desde 1978 demonstram que a área foi liquidada pela primeira vez durante meados do 6º milênio a.C. e continuou até o final de 1800 a.C.

Expedições descobriram cerâmicas que datam do período Halaf (6500-5500 a.C.) e do período Ubaid (6500-3800 a.C.), além de potes em forma de sino que remontam ao período de Uruk (4000-3100 a.C.).

As escavações revelaram um importante assentamento humano que remonta à época de Nínive. Cerâmicas, copos amarelos serrilhados, pedestais de estátuas coloridas e panelas foram achadas no assentamento.

O sítio abrange 15 hectares durante a primeira metade do terceiro milênio a.C., e posteriormente testifica uma explosão súbita, em termos de população e desenvolvimento civilizado durante meados do terceiro milênio a.C. Durante esta época, uma muralha e um sistema defensivo foram estabelecidos para proteger as áreas de habitação em expansão, transformando o local de uma pequena vila à uma cidade de quase 90 hectares.

Um templo foi escavado a nordeste do sítio. Suas características mais distintas são as suas fachadas, colunas ornamentadas e torcidas, e um salão central rodeado por átrios nos lados oriental e ocidental. Cerâmicas, tabletes e selos cilíndricos cuneiformes foram encontrados no templo.

O castelo encontrado na zona inferior do sítio continha um arquivo de 650 tabletes cuneiformes escritos no dialeto babilônico antigo, neles haviam textos administrativos e econômicos, mensagens políticas e tratados que lançam luz sobre o desenvolvimento na área após a queda do cidade de Mari (c.a 1759 a.C.).

Segundo os textos encontrados em Tell Lilan e em outros locais, a cidade recebeu o nome Shubat Enlil, que significa "Casa de Enlil (Enlil é um deus antigo) pelo rei assírio Shamshi-Adad I. Antes disso, era conhecido como Shekhna, este nome foi utilizado novamente após a morte de Shamshi-Adad I em 1776 a.C. A cidade foi destruída pelo rei Samsu-iluna da Babilônia, em 1728, e permaneceu desabitado desde então. (SANA)


Fonte: Global Arab Network

Canal de água de Jerusalém



O canal da área do Muro Ocidental que leva a piscina de Siloé ainda não está aberto ao público, mas você pode dar uma olhada lá dentro através das fotos postadas pela Autoridade de Antiguidades de Israel.


Arqueologia: Órion, o Caçador - Mito grego nascido em Montanha da Síria




Síria (Damasco) - Durante os anos sessenta uma estátua de um touro, dedicado ao deus grego Órion, foi descoberta no monte Younan perto da vila Bloudan, região próximo a Damasco.

As inscrições em grego declararam que a estátua era uma oferenda a Órion, feita por um antigo guerreiro chamado Tamanaius.

Órion é uma figura mítica, cuja origem está relacionada a várias histórias. Uma história conta que os deuses Zeus, Hermes e Poseidon vieram visitar um homem chamado Hyrieus que assou um boi inteiro para eles, e quando oferecerem-lhe um favor, este homem pediu que lhe nascessem filhos, e assim nasceu Órion.

Outras histórias contam que ele era filho do deus dos mares Poseidon, e que tinha uma incrível força, beleza e era excelente na caça de animais selvagens, daí o seu título de "Caçador".

Em uma história, Órion se apaixonou pela filha de um rei e seduziu-a, levando o rei à cegá-lo. Órion viajou ao distante oriente para que os raios do sol pudessem restaurar a sua visão. Mais tarde, ele acompanhou a deusa da caça Ártemis.

Achados arqueológicos em um templo romano encontrado em 2009 indicam que a lenda pode ter se originado em algum lugar ao redor das montanhas de Bloudan, particularmente o monte Younan, e mais tarde o mito teria alcançado a Grécia, sendo então, incorporado na mitologia grega.

O monte Younan está localizado a 6 km a nordeste de Bloudan e tem 2100 metros de altura. Três estruturas antigas em mau estado foram descobertas no cume ocidental do monte, perto das encostas norte e oeste.

Escavações a oeste das estruturas revelaram um pedestal que se acredita ter sido um altar sacrificial ou uma baliza usada para guardar o local. Acredita-se que estes remanescentes sejam parte de um templo que remonta à época romana.

Até agora, o trabalho na estrutura central focalizou-se em áreas que o rodeiam, pois os escombros da própria estrutura torna impossível a escavação até que se tenha feito uma aproximação gradual por todos os lados.

A estrutura oriental remonta à época bizantina, e provavelmente foi um mosteiro construído a partir de pedras retiradas das outras duas estruturas. Esta estrutura continha os achados mais importantes do sítio, incluindo moedas de bronze que remontam os séculos 4 e 5 d.C., pontas de flechas de ferro e bronze, lanças, além de pregos e outros artefatos de metal.

Parte do monte foi dada recentemente ao Patriarcado Ortodoxo Grego, que pretende reabilitar o sítio do monastério através da construção de uma nova igreja no local e uma série de instalações de serviços próximos do sítio arqueológico, tudo será construído para atender a natureza do local e permitir que as pessoas tenham acesso fácil ao local.
(SANA)


Fonte: Global Arab Network

Caçada a ladrões revela antiga igreja da Terra Santa

 


Vista da excavação. Foto: Israel Antiquities Authority

A perseguição a uma quadrilha de ladrões de túmulos levou à descoberta de uma antiga igreja nas proximidades de Jerusalém que talvez seja o local onde foi enterrado o profeta bíblico Zacarias, anunciaram as autoridades israelenses nesta quarta-feira.

A igreja, que fica no topo de uma colina, foi destruída por um terremoto há cerca de 1,3 mil anos e estava parcialmente enterrada até os detetives da Autoridade para Antiguidades de Israel - que perseguiam uma quadrilha de ladrões de objetos antigos - perceberem um umbral bastante trabalhado despontando da terra.

Os ladrões fugiram - eles foram pegos alguns meses mais tarde perto dali-, mas, depois de semanas de escavação, os arqueólogos desenterraram o que sobrou da igreja. Do tamanho de uma quadra de basquete, ela ainda continha os pilares de mármore que desabaram e um piso de mosaico de 10 m de comprimento praticamente intacto.

Debaixo do altar da igreja, há uma câmara de sepultamento que, segundo a Autoridade para Antiguidades, pode ter sido a tumba do profeta Zacarias, conhecido do livro de mesmo nome na Bíblia, escrito por volta de 520 a.C. A hipótese, baseada em fontes cristãs e num antigo diagrama conhecido como o Mapa de Madaba, ainda não foi provada e ainda está em estudo, afirmaram eles.

"Há anos não encontrávamos algo assim," disse Amir Ganor, diretor da unidade de Prevenção a Roubos de Antiguidades. Ganor é arqueólogo e porta uma arma. A equipe dele passa boa parte do tempo tentando pegar ladrões, passando as noites em uma emboscada ou preparando armadilhas para traficantes de antiguidades.

Os ladrões com frequência violam ou destroem os restos arqueológicos antes de serem pegos pela unidade de Ganor. Nesse caso, porém, ele disse que o grupo de palestinos da Cisjordânia que buscava moedas antigas revelou a localização da igreja perdida, cerca de 40 km ao sul de Jerusalém.

Shai Bartura, adjunto de Ganor, disse que a construção, utilizada entre os séculos V e VII d.C., foi uma descoberta singular por causa do tamanho da igreja e de seu bom estado. Assim como muitas estruturas da antiguidade, ela foi construída a partir de fundações ainda mais antigas datando do Império Romano e do período do segundo Templo Judaico. Ela inclui um complexo subterrâneo de cavernas e túneis usados pelos rebeldes judeus que lutaram contra os romanos na revolta de Bar Kokhba, de 132 d.C.


Fonte: Terra Notícias