Jerusalem

A Cidade Velha de Jerusalém é uma área amuralhada em forma rectangular com 0,9 km² na cidade moderna de Jerusalém. Na Cidade Velha encontram-se vários sítios de fundamental importância religiosa, como o Monte do Templo e Muro das Lamentações para os judeus, a Basílica do Santo Sepulcro para os cristãos e o Domo da Rocha e a Mesquita de al-Aqsa para os muçulmanos.

Jope

Uma antiga cidade cananeia na fronteira da tribo de Dã (Js 19:46) mas aparentemente nunca ocupada pelos israelitas nos tempos do VT. Sendo o único porto situado entre o Egipto e a cordilheira do Carmelo.

Cesaréia

localiza-se na costa do Mediterrâneo, no meio do caminho entre Tel Aviv e Haifa. As escavações arqueológicas durante as décadas de 50 e 60 revelaram remanescentes de muitos períodos e, particularmente, o complexo de fortificações da cidade cruzada e o teatro romano.

Cafarnaum

localizada à margem norte do Mar da Galiléia foi o centro do ministério do Salvador na Galiléia (Mt. 9:1–2; Mc. 2:1–5). Importante e bem sucedido centro comercial e de pesca, era o lar de gentios assim como de judeus.

Golgota

"O Lugar da Caveira" (também conhecido por Lugar do Crânio). Recebeu este nome, porque o local, apresentava uma elevação que se assemelhava a um crânio, e era também o local onde os condenados à morte eram crucificados.

Ruínas arqueológicas reabrem estudos sobre reinados de Davi e Salomão

Objetos encontrados em jazida perto de Jerusalém correspondem a descrições feitas na bíblia sobre palácio e templo do rei Salomão

Foto: EFEProfessor Yosef Garfinkel apresenta objeto de culto datado da era do rei Davi
Arqueólogos israelenses encontraram várias peças de culto em uma jazida perto da cidade de Beit Shemesh, a cerca de 35 quilômetros de Jerusalém, que permitirão interpretar a descrição que a Bíblia faz dos reinados de Davi e Salomão.
A descoberta, exposta nesta semana pelo professor Yosef Garfinkel, da Universidade Hebraica de Jerusalém, e por Saar Ganor, da Direção Israelense de Antiguidades, consiste em três caixas de pedra bem talhadas, e de até 20 centímetros de altura, usadas para conservar objetos de culto divino.
"Seu meticuloso desenho responde a descrições feitas na Bíblia do palácio e do templo de Salomão", diz Garfinkel, que está há cinco anos escavando em Khirbet Qeiyafa, também conhecido como Fortaleza Elá, um reduto circular amuralhado de 2,3 hectares e em uma localização estratégica entre as cidades filisteias e Jerusalém.
De cor bege rosada, duas das caixas têm uma espécie de pórtico cuja descrição, diz o pesquisador, aparece no primeiro livro de Reis.
Foram achadas em casas da cidade e sua altura é exatamente o dobro da largura - como em prédios achados em Jerusalém -, o que provam a conexão entre a que Garfinkel acredita que era a cidade bíblica de Shearaim e a Jerusalém de Davi e Salomão.
"Shearaim, que estava aqui no vale de Elá, significa 'Duas portas'. Esta cidade é a única da época do Primeiro Templo com duas portas, as demais tinham uma", ressalta.

Para o pesquisador, os últimos achados, e outros anteriores, reforçam a corrente que vê na Bíblia um relato fidedigno do que poderiam ser eventos históricos.

"A exatidão das descrições não nos deixa outra opção e, quem não acredita, deverá também explicar como é possível semelhante similaridade", declarou.
Mas, ao contrário de outros historiadores de sua mesma universidade, ele o faz com reserva, e acredita que, como qualquer outro texto de sua natureza, a Bíblia contém episódios fidedignos e outros que não o são.
O Antigo Testamento relata com todo luxo de detalhes os reinados de Davi e Salomão no século X a.C., mas até agora não existem provas inapeláveis que confirmem a magnificência presente no ideário e arte judaico-cristã posterior ou sequer sua existência.
Em Jerusalém e arredores, proliferam ruínas do Período do Segundo Templo (séculos VI a.C. a II d.C.), mas do Primeiro (século XI a.C. a 586 a.C.) existem pouquíssimos vestígios e a maioria continua sujeita a um intenso debate acadêmico e político.
Um deles é uma muralha de 70 metros com um monumental torreão e uma torre de vigilância desenterrados junto às muralhas da Cidade Antiga de Jerusalém, apresentada há dois anos como possível obra do rei Salomão.
Estruturas fortificadas do mesmo tamanho foram encontradas em Khirbet Qeiyafa, cuja construção os arqueólogos datam entre os séculos X e XI a.C., contemporâneas dos dois reis.
Seu desenho urbano, assinala Garfinkel, não responde ao de nenhuma cidade cananeia ou filisteia, também não ao de cidades no reino de Israel, mas se trata de um "planejamento típico" das cidades da Judeia. "É o exemplo mais recente que temos de uma cidade desse reino, e nos indica que este tipo de planejamento (urbano) já estava em uso nos tempos do rei Davi".
Ali, em um pedaço de cerâmica, também foi descoberta em 2008 a inscrição hebraica mais antiga conhecida, e que testes de carbono-14 remontam ao mesmo período.
O especialista insiste que a construção da cidade tem implicações sem precedentes para compreender esse capítulo da Bíblia, e que, com cerca de 20% já escavada, sua distribuição prova a existência de um reino centralizado que tinha sob sua autoridade várias cidades.

Arqueólogos afirmam ter descoberto palácio que pertenceu ao Rei Davi

Comunidade científica questiona descoberta por ela não conter provas da passagem de rei Davi pelo local

AP Photo / SkyView, Hoep
Esta foto aérea não datada, liberada pela Autoridade de Antiguidades de Israel, mostra o sítio arqueológico de Khirbet Qeiyafa, a oeste de Jerusalém
Uma equipe de arqueólogos israelenses acredita ter descoberto as ruínas de um palácio pertencente ao bíblico Rei Davi. Outros especialistas israelenses, porém, contestam a descoberta.
Arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém e também da Autoridade de Antiguidades de Israel disseram que a descoberta - um grande complexo fortificado a oeste de Jerusalém, em um local chamado Khirbet Qeiyafa - é o primeiro palácio do rei bíblico a ser descoberto.
"Khirbet Qeiyafa é o melhor exemplo de uma cidade fortificada do tempo do rei Davi", disse Yossi Garfinkel, arqueólogo da Universidade Hebraica, sugerindo que o próprio Davi teria usado o palácio. Garfinkel liderou a escavação de sete anos com Saar Ganor, da Autoridade de Antiguidades de Israel.
Garfinkel disse que sua equipe encontrou objetos de culto tipicamente usados por judeus, súditos do rei Davi, e não viu nenhum vestígio de restos de porcos. A carne de porco é proibida pelas leis judaicas. Indícios como estes, segundo ele, eram "provas sem dúvidas", que David e seus descendentes tinham governado no local.
Críticos disseram que o lugar poderia ter pertencido a outros reinos da região. O consenso entre a maioria dos estudiosos é que até hoje não foi encontrada nenhuma prova física definitiva da existência do rei Davi.
A arqueologia bíblica em si é controversa. Os israelenses frequentemente usam descobertas arqueológicas para confirmar suas afirmações históricas para lugares que também são reivindicados pelos palestinos, como a Cidade Velha de Jerusalém.
Apesar de extensa evidência arqueológica, por exemplo, os palestinos negam que os bíblicos templos judaicos dominaram o topo da colina onde a mesquita Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islã, se situa hoje.
Em geral, os pesquisadores estão divididos sobre se histórias bíblicas podem ser comprovadas por relíquias físicas.
Os escavadores atuais não são os primeiros a reclamarem que encontraram um palácio do Rei Davi. Em 2005, o arqueólogo israelense Eilat Mazar disse que encontrou os restos do palácio do Rei Davi em Jerusalém, datando do século 10 a.C, quando o rei Davi teria reinado. A afirmação dele também atraiu ceticismo, inclusive do próprio Garfinkel.
Usando datação por carbono, os arqueólogos descobriram que a construção do local remeteu àquele período. Garfinkel disse que a equipe também descobriu um depósito de quase 15 metros de comprimento, o que sugere que era um local real usado para cobrar impostos do resto do reino.
Garfinkel acredita que o rei Davi viveu permanentemente em Jerusalém em um local ainda por descobrir, e que só visitava Khirbet Qeiyafa ou outros palácios por pouco tempo. Ele disse que a instalação do palácio em uma colina indica que o governante procurou um local seguro em terreno alto durante a era violenta de frequentes conflitos entre as cidades-estados.
"O tempo de Davi foi a primeira vez em que uma grande parte dessa área estava unida por apenas um monarca", disse Garfinkel. "Não foi uma era pacífica".
O arqueólogo Israel Finkelstein, da Universidade de Tel Aviv concordou que Khirbet Qeiyafa é um "elaborado" e "bem fortificado" lugar do século 10 a.C., mas disse que o lugar poderia ter sido construído por filisteus, cananeus e outros povos da região.
Ele disse que não há nenhuma maneira de verificar quem construiu o palácio sem encontrar um monumento detalhando as realizações do rei que construiu. Na semana passada, por exemplo, os arqueólogos em Israel encontraram pedaços de uma esfinge com o nome do faraó egípcio que reinou quando a estátua foi esculpida.
Garfinkel insistiu que críticos como Finkelstein confia em teorias ultrapassadas.
"Eu acho que as outras pessoas têm uma teoria antiga e nós temos novos dados", disse ele.