Jerusalem

A Cidade Velha de Jerusalém é uma área amuralhada em forma rectangular com 0,9 km² na cidade moderna de Jerusalém. Na Cidade Velha encontram-se vários sítios de fundamental importância religiosa, como o Monte do Templo e Muro das Lamentações para os judeus, a Basílica do Santo Sepulcro para os cristãos e o Domo da Rocha e a Mesquita de al-Aqsa para os muçulmanos.

Jope

Uma antiga cidade cananeia na fronteira da tribo de Dã (Js 19:46) mas aparentemente nunca ocupada pelos israelitas nos tempos do VT. Sendo o único porto situado entre o Egipto e a cordilheira do Carmelo.

Cesaréia

localiza-se na costa do Mediterrâneo, no meio do caminho entre Tel Aviv e Haifa. As escavações arqueológicas durante as décadas de 50 e 60 revelaram remanescentes de muitos períodos e, particularmente, o complexo de fortificações da cidade cruzada e o teatro romano.

Cafarnaum

localizada à margem norte do Mar da Galiléia foi o centro do ministério do Salvador na Galiléia (Mt. 9:1–2; Mc. 2:1–5). Importante e bem sucedido centro comercial e de pesca, era o lar de gentios assim como de judeus.

Golgota

"O Lugar da Caveira" (também conhecido por Lugar do Crânio). Recebeu este nome, porque o local, apresentava uma elevação que se assemelhava a um crânio, e era também o local onde os condenados à morte eram crucificados.

RECENTES DESCOBERTAS EM KHIRBET QUIYAFA

Khirbet Qeiyafa tem sido local de escavações desde a década de 1860 por Victor Guérin que relataram a presença de uma aldeia no topo da colina. Em 1875, arqueólogos britânicos só encontraram pedras trabalhadas. Em 1932, Dimitri Baramki, informou o que ali tinha existido uma torre de vigia de 35 metros quadrados, esta torre estava associada a Khirbet Quleidiya (Horvat Qolad), algumas centenas de metros a leste. O sitio de escavações foi negligenciado na maior parte, no século 20 pouca coisa é mencionada por estudiosos. Entretanto Yehuda Dagan conduziu pesquisas mais intensas na década de 1990 e documentados os restos visíveis. O sitio despertou a curiosidade em 2005, quando Saar Ganor descobriu estruturas impressionantes da Idade do Ferro com os restos.

Escavações em Khirbet Qeiyafa recomeçaram em 2007, dirigidas por Yosef Garfinkel da Universidade Hebraica e Ganor Saar da Autoridade de Antiguidades de Israel, e continuou em 2008. Estão a ser trabalhados cerca de 600 metros quadrados de uma cidadela da Idade do Ferro. Descobertos grande quantidade de objectos em cerâmica e dois caroços de azeitona queimados testados por carbono-14 na Universidade de Oxford, Garfinkel e Ganor dataram o lugar entre 1050-970 aC.
A escavação inicial Ganor e Garfinklel decorreu de 12-26 agosto de 2007 em nome da Universidade Hebraica de Jerusalém Instituto de Arqueologia. No relatório preliminar na conferência anual ASOR em 15 de novembro, que apresentaram uma teoria de que o sitio foi o Azeca bíblica, que até então tinha sido associado exclusivamente a Zakariya Tell. Em 2008, após a descoberta de um segundo portão, eles identificaram o local como o Sha'arayim bíblica ("duas portas", em hebraico).
Potes encontrados khirbet.
Em janeiro/fevereiro de 2009, Hershel Shanks afirma que a cidade foi fortificada pelo rei David. Mais descobertas foram entretanto feita entre as quais uma pedra com a inscrição em hebraico: “fronteira filisteus”. Tudo isto nos dá claras indicações que a Bíblia tem sempre razão.

Mais consulta:
http://en.wikipedia.org/wiki/Khirbet_Qeiyafa

História da cidade de Samaria

 


A CIDADE DE SAMARIA

Também conhecido como Sebastia, Sebastiya, Sebastiyeh, Sebastos, Sebustiyeh, Shamir, Shomeron, Shomron, "casa de Khomry"


Samaria, capital do Reino do Norte, Israel, estava localizada sobre uma colina de 91 metros de altura, a 67 quilômetros ao norte de Jerusalém. Situada a meio caminho do Jordão ao Mediterrâneo, a oriente da planície de Sarom, no alto de um monte alongado e íngreme, a noroeste de Siquém, próximo da entrada da Planície de Sarona e da entrada do Vale de Jezrael em direção a Fenícia. Os reis empreenderam muitas obras na cidade para a tornarem forte, bela e rica. Acabe construiu uma casa de marfim (1Reis 22.39) e também mandou cercar a cidade com grossas muralhas, tornando-a invencível. Construiu ainda, a gosto de sua esposa Jezabel, um monumental templo dedicado a Baal.


Durante o reinado de Onri e Acabe (882-851 a.C.), Israel foi constantemente ameaçada pelos arameus de Damasco. Nesse período a capital de Israel foi mudada de Siquém para Fanuel, na Transjordânia; logo após para Tersa e, em seguida para Samaria, por Onri (1 Rs 16.23-24). Onri pai de Acabe comprou de um cidadão de nome Semer, um monte onde construiu uma bela cidade. Em homenagem ao seu antigo proprietário, Onri deu a cidade o nome de Samaria (1 Reis 16.24).

A construção de Samaria foi completada por Acabe, e como capital permaneceu por 150 anos.

Foi em Samaria que os profetas Elias e Eliseu exerceram seus ministérios.

À época da invasão da terra por parte dos israelitas esta região era habitada pelos ferezeus. Couberam como herança as tribos de Efraim, Issacar e Benjamim. Com a divisão do reino entre Roboão e Jeroboão, a faixa de terra que se estendia desde Betel até Dã, e desde o mar Mediterrâneo até a Síria e Amom, ficou conhecida como província de Samaria. Essa área de terra foi primeiramente ocupada pelas dez tribos de Jeroboão. Esse território foi diminuídos pelas conquistas de Hazael, rei da Síria, conforme relato bíblico:

“Naquelas dias começou o Senhor a diminuir os limites de Israel, que foi ferido por Hazael em todas as suas fronteiras, desde o Jordão para o nascente do sol, toda terra de Gileade, os gaditas, os rubenitas e os manassitas, desde Aroer, que estão junto ao vale de Amom a saber Gileade e Basã” (2 Reis 10.32).

Depois foi a vez de Pul e Tiglate-Pileser diminuírem a extensão da província (2 Reis 15.29) e finalmente pelas vitórias de Salmanaser, que “passou por toda a terra, subiu a Samaria e a sitiou por três anos” (2 Reis 17.5-6). Depois deste último, Samaria ficou em completa desolação (2 Reis 17.23), sendo depois povoada por estrangeiros durante os anos de cativeiro (2 Reis 17.24; Esdras 4.10).

Foi ali que os profetas Elias e Eliseu exerceram seus ministérios. Por causa de seus constantes pecados, foi tomada mais tarde, depois de um cerco de cinco anos. O assédio, principalmente por Salmanaser IV, foi concluído por Sargão no ano de 772 a.C. (2 Reis 17.5-6). Os habitantes sofreram horrivelmente durante esse tempo, e esses sofrimentos acham-se descritos pelos profetas Oséias (Oséias 10.5,8-10) e Miquéias (1.6). Este último havia predito que a cidade seria reduzida a um montão de pedras. Subjugada a cidade, Sargão mandou seus habitantes para longe, estabelecendo-os em territórios que ficavam muito longe do país de origem. Em contrapartida trouxe outros povos para habitar as terras despovoadas, foi assim que surgiram os samaritanos.

Na Idade do Bronze Antigo (3300-2300 a.C.) a região de Samaria possuía a maior concentração de habitantes da região montanhosa do norte da Palestina.

No contexto bíblico, a história pode ser iniciada com a divisão da monarquia de Israel. Com a rejeição do modelo administrativo espolitório de Salomão, representado por seu filho Roboão, Israel foi dividido em dois reinos. Reino do Sul, composto das tribos de Judá e Benjamim, ficando como governantes os descendentes de Davi. Reino do Norte, com o rei Jeroboão filho de Nabat, e composto pelas outras dez tribos. Para realizar a separação religiosa que se concentrava no Templo de Jerusalém, Jeroboão fundou centros de cultos estratégicos em Dã e Betel.


ARQUEOLOGIA

O lugar foi escavado nos anos de 1908 a 1910 pelos doutores G.A Reisner e Clarence S. Fisher, da Universidade de Havard, e outra vez em 1931 a 1 933 e 1935 por J. W. Crowford.

O primeiro nível de ocupação importante foi do rei Onri e de seu filho Acabe. Acabe edificou um palácio ainda mais grandioso para sua nova esposa, Jezabel, e para si mesmo.

Os escavadores desenterraram os fundamentos do palácio de Onri, e os fundamentos e as ruínas ainda maiores do palácio de Acabe no cume da colina de Samaria. Na parte inferior do muro norte do palácio foram encontrados milhares de fragmentos de marfim, muitos dos quais haviam sido arruinados pelo fogo. Uns 30 ou 40 desses marfins foram recuperados em excelente estado de conservação. Em alguns deles estavam representados o loto, os leões, as esfinges e os deuses Ísis e Horus, o que indica a forte influencia do Egito sobre Israel nessa época.



Esta placa de marfim delicada mostra um leão atacando um touro. O leão simboliza o sol, o touro da terra, as duas criaturas eternamente em guerra pela supremacia, com o leão melhor equipados para ganhar. A placa teria sido ligado a uma tela ou um pedaço de mobília.



A Mulher na Janela; quem ou o que esta mulher foi permanece um mistério. É muito simplista dizer que ela era uma prostituta do templo, ela deve ter sido uma figura central em uma história seminal religiosos dos cananeus antigos. Ela é parodiado nas histórias da Bíblia de Jezabel, que aparece em uma janela pouco antes de ela ser assassinada, e na história do assassinato de Sísera Jael


Outra versão da Mulher na Janela, estes marfins teria sido pintado e dourado


Este marfim particular, não foi encontrado em Samaria, mas está incluído
porque mostra a forma como estas pequenas obras-primas foram pintados e dourados

A esfinge alada, não muito diferente dos querubins alados
que eram guardiões do Santo dos Santos no Templo de Jerusalém


A coleção de marfim incluía peças talhadas de grande variedade e desenho, tanto em tamanho como em decoração. Algumas estavam em “redondo”, outras em placas em baixo-relevo, e outras eram silhuetas ou trabalhos de perfuração. Algumas peças tinham sido lavradas para receber incrustações em cores. Outras tinham sido recobertas de ouro, ou apresentavam incrustações de lápis-lazúli. Estas peças segundo deduziram os escavadores, estavam originalmente incrustadas no trono, nas camas, nos divãs, nas mesas, nos armários, e talvez nas paredes entre as colunas e no teto do palácio. Todos esses achados deram solidez ao relato do livro de 1 Reis 22.39, que mencionou a casa de marfim como uma das proezas de Acabe; ou seja, a residência que ele edificou para si mesmo e para sua rainha Jezabel. Também confirmaram o sermão do profeta Amós (Am 6.1-4; 3.15).

No extremo norte do pátio do palácio de Acabe, os escavadores encontraram um tanque de água feito de cimento, provavelmente, segundo dedução dos escavadores, o “tanque de Samaria” no qual foi lavado o ensangüentado carro de guerra de Acabe (1 Rs 22.38). Dentro de um dos armazéns do palácio foi recuperada a famosa “Óstraco de Samaria”, a qual constava de várias centenas de restos de cerâmica inscritos com tinta. Sessenta e três deles continham escritura bastante legível em hebraico antigo. Todos eles são apontamentos referentes a pagamentos de impostos em azeite e vinho, enviados por indivíduos às despesas do palácio real. Alguns desses mordomos tinham nomes bíblicos, tais como Acaz, Sabá, Nimshi, Abinoam e Gomer.


O monte de Samaria estava no território tribal de Manassés, mas aparentemente não foi significativamente habitada até ao tempo do rei Omri (pai de Acabe). Para os próximos 160 anos, a cidade era a capital do reino do norte, aparentemente atingir um tamanho de 150 acres (tão grande quanto Jerusalém no tempo de Ezequias). Samaria está bem situado, com declives acentuados em todos os lados. Esta realidade geográfica é refletida na história, como Samaria resistiu cercos pelos arameus (2 Ki 6), assírios durante 3 anos (2 Ki 17), e Hasmoneans por um ano.


israelita Acrópole

Omri comprou o monte de Semer por dois talentos de prata e fez este seu capital (1 Ki 16:24-28). Acabe o seu filho foi casado com a princesa fenícia Jezabel, e eles fizeram Baal culto difundido em Israel. Acabe construiu um templo de Baal aqui que mais tarde foi destruído por Jeú, juntamente com os sacerdotes de Baal (1 Reis 16:32, 2 Ki 10:18 ss). Escavações aqui revelaram a acrópole dos reis, com uma coleção de marfins e ostraca. Muito foi destruído pela construção de um templo de Herodes, o Grande.


Torre helenístico

Esta torre é considerado o melhor monumento helenístico sobreviver na Palestina. É ligado a um muro helenístico que protegia a acrópole no tempo de Alexandre, o Grande. A maneira que as pedras são colocadas é único como é o corte de bisel na face exterior. Dezenove cursos de pedra são preservadas. Os restos helenístico em Samaria também incluem uma fortaleza, cidade parede perto do portão oeste, moedas e jar estampado alças.


Cidade Romana

Herodes, o Grande reconstruiu a cidade e nomeou-o depois que o imperador (nome Augustus 'em grego é Sebaste). Seiscentos e colunas revestidas de uma rua meia milha de Herodes Sebaste (foto à direita). O fórum romano era uma grande área aberta onde as pessoas montadas para o comércio ea actividade governamental. Na borda do fórum, arqueólogos escavaram uma basílica romana. Antes de ser adoptada pelos cristãos para os edifícios da igreja, basílica tipo de edifícios foram utilizados para funções econômicas e judiciais. Herodes também construiu um grande estádio, na encosta norte da cidade.


Templo de Herodes

Na acrópole de Samaria, e em cima da localização do anterior edifícios administrativos dos israelitas, Herodes, o Grande construiu um templo monumental dedicada a Sebaste. No processo, ele destruiu grande parte da anterior permanece desde o período israelita. Herodes também construiu templos em Cesaréia (também dedicada ao imperador) e em Jerusalém (dedicado ao Senhor, Deus de Israel). Os passos monumental retratado na data de esquerda para a reconstrução do templo durante o reinado de Septimus Severus (193-211 AD)

QUEM ERAM OS SAMARITANOS?


O sentido desta palavra na única passagem do Antigo Testamento (2Rs 17.29), aplica-se a um indivíduo pertencente ao antigo Reino do Norte de Israel. Em escritos posteriores, significa um individuo natural do distrito de Samaria, na Palestina central (Lc 17.11).

De onde veio a raça, ou como se originou a nacionalidade samaritana? Quando Sargom tomou Samaria levou para o cativeiro, segundo ele diz, 27.280 de seus habitantes, deixando ainda alguns israelitas no pais. Sabendo que eles conservavam o espírito de rebelião, planejou um meio de os desnacionalizar, estabelecendo ali colônias de habitantes da Babilônia, de Emate (2Rs 17.24), e da Arábia. Estes elementos estrangeiros levaram consigo a sua idolatria.

A população deixada em Samaria era insuficiente para o cultivo das terras, interrompido pelas guerras, de modo que as feras começaram a invadir as povoações e a se multiplicarem espantosamente, servindo na mão de Deus de azorrague para aquele povo. Os leões mataram alguns dos novos colonizadores. Estes atribuíram o fato a um castigo do deus da terra que não sabiam como apaziguar, e neste sentido pediram instruções ao rei da Assíria, que lhes mandou um sacerdote dos que havia entre os israelitas levados para o cativeiro. Este foi residir em Betel e começou a instruir o povo nas doutrinas de Jeová, porém, não conseguiu que os gentios abandonassem a idolatria de seus antepassados. Levantaram imagens de seus deuses nos lugares altos de Israel combinando a idolatria com o culto de Jeová (2Rs 17.25-33).

Este regime híbrido de adoração permaneceu até a queda de Jerusalém. Asor-Hadã continuou a política de seu avô Sargom (Ed 4.2), e o grande e glorioso Asenafar, que talvez seja Assurbanipal, completou a obra de seus antecessores, acrescentando à população existente, mais gente vinda de Elã e de outros lugares.

A nova província do império assírio decaia. Josias mesmo, ou seus emissários, percorreram todo o país, destruindo por toda a parte os lugares altos (2Cr 34.6,7), onde havia altares da idolatria. O culto pagão decrescia sob a influência dos israelitas que ficaram no país, e por causa do ensino dos sacerdotes. A ação renovadora de Josias foi mais um golpe. Anos depois, alguns dentre os samaritanos, costumavam ir a Jerusalém para visitar o templo e fazer adoração (Jr 41.5). Quando Zorobabel voltou do exílio, trazendo consigo bandos de cativos para Jerusalém, os samaritanos pediram licença para tomar parte na construção do templo, alegando que haviam adorado o Deus de Israel desde os dias de Asor-Hadã (Ed 4.2).

A maior parte dos judeus sentiam repugnância em manter relações sociais e religiosas com os samaritanos. Os samaritanos não tinham sangue puro de hebreus, nem religião judaica.

Diz o historiador judeu Flavio Josefo, que, no tempo em que os judeus prosperavam, os samaritanos pretendiam possuir alianças de sangue com eles, mas em tempos de adversidade, repudiavam tais alianças, dizendo-se descendentes dos imigrantes assírios.

Tendo Zorobabel, Jesua e seus associados rejeitado a oferta dos samaritanos para auxiliar a reconstrução do templo, estes não mais tentaram reconciliação com os judeus, antes pelo contrário, empenharam-se em impedir a conclusão da obra (Ed 4.1-10). Depois procuraram impedir o levantamento dos muros por Neemias, (Ne 4.1-23). O cabeça deste movimento era certo Sambalat o horonita, cujo genro havia sido expulso do sacerdócio por Neemias. O sogro, com certeza, fundou o templo samaritano sobre o monte Gerizim, para servir ao dignitário deposto em Jerusalém. Daqui em diante, todos os elementos indisciplinados da Judéia, procuravam o templo rival de Samaria, onde eram recebidos de braços abertos.

Enquanto durou a perseguição promovida por Antíoco Epifanes contra os judeus, os samaritanos declaravam não pertencer à mesma raça, e agradavam ao tirano, mostrando desejos de que o seu templo do monte Gerizim fosse dedicado a Júpiter, defensor dos estrangeiros.

Pelo ano 129 a.C., João Hircano tomou Siquém e o monte Gerizim, e destruiu o templo samaritano; porém os antigos adoradores continuaram a oferecer culto no monte onde existiu o edifício sagrado. Prevalecia ainda este costume no tempo de Jesus (Jo 5.20,21). Neste tempo, as suas doutrinas não deferiam muito na sua essência, das doutrinas dos judeus e especialmente da seita dos saduceus. Partilhavam da crença na vinda do Messias (Jo 4.25), mas somente aceitavam os cinco livros de Moisés.

SAMARITANOS CRISTÃOS
O motivo principal que levou os samaritanos a receber tão alegremente o evangelho pregado por Filipe, foram os milagres por ele operados (At 8.5,6). Outro motivo que sem dúvida concorreu para o mesmo resultado, é que, ao contrário das doutrinas dos judeus, o Cristianismo seguia os ensinos e os exemplos de seu fundador, Jesus, admitindo os samaritanos os mesmos privilégios que gozavam os judeus convertidos ao Evangelho (Lc 10.29-37; 17.16-18; Jo 4.1-42).
 
Fonte:http://prjoseiadrn.blogspot.com/2011/09/arqueologia-da-cidade-de-samaria.html

História da cidade de Éfeso


Éfeso, cidade fundada pelos gregos na região central da costa ocidental da Anatólia, situada na região que hoje se chama Ásia Menor, entre Mileto e Esmirna, próximo ao lugar onde os rios Caiester e Meandro desembocam no mar Egeu. Plínio o Jovem, dizia que “nos tempos antigos o mar lavava o templo de Diana”. Essa cidade foi junto com Esmirna, Priene, Mio e Mileto, uma das que se desenvolveram na época do domínio dos reis Lídios de Sardes, nos séculos VII-VI a.C.

Era uma cidade livre administrativamente na época dos ptolomeus, mas dependente política e militarmente, tendo de acolher militares e pagar tributos, o que aconteceu durante o período do domínio selêucida. Durante o Império Romano, Éfeso tornou-se um centro administrativo romano, habitado por muitos judeus. No século II a.C. constituía um importante centro de comércio, o que continuou durante o período inicial do cristianismo.





Quanto ao contexto sócio-religioso, em Éfeso estava o famoso templo de Diana, um local especificamente consagrado àquela divindade; esse templo possuía imensos tesouros, sendo considerado uma das sete maravilhas do mundo. Esse lugar de culto tinha 130 metros de cumprimento por 67 de largura e achava-se adornado com pinturas e estátuas. Foi incendiado segundo a lenda no dia em que nasceu Alexandre Magno e esteve em ruínas por algum tempo. Alexandre se ofereceu para reconstruí-lo desde que os efésios aceitassem colocar no edifício uma inscrição indicando que ele era o reconstrutor. O oferecimento foi recusado, e os próprios habitantes reedificaram o templo, e com maior magnitude que o anterior. A reconstrução levou trinta anos. As mulheres de Éfeso venderam suas joias para arrecadar fundos para serem utilizados na construção. O reis doaram colunas e deram presentes de ouro, enquanto mobiliários de todas as classes vinham de muitas nações. O templo tornou-se amplamente conhecido por causa da imagem de Diana, a qual os crédulos diziam que havia baixado do céu.

À medida que o cristianismo avançou, o culto a Diana entrou em declínio. Em 262 d.C. seu templo foi saqueado e incendiado pelos godos, e finalmente abandonado após o edito de Teodósio, que fechou os templos pagãos. A cidade diminui de tamanho em consequência de epidemias de paludismo.

Éfeso é uma das sete Igrejas da Ásia a que se refere o Apocalipse de João (Ap 1.11; 2.1).

DESCOBERTAS ARQUEOLOGICAS



Teatro de Éfeso (capacidade para cerca de 24.000 pessoas).

As ruínas da cidade jazem em uma planície baixa a seis ou oito quilômetros do mar.

As escavações em Éfeso começaram em 2 de maio de 1863, por encargo do Museu Britânico e sob a direção do arquiteto J. T. Woody, e se estenderam até 1874. O principal objetivo de Woody era localizar o templo de Diana, mas trabalhou durante seis anos sem nenhum resultado significativo. Porém ao escavar no teatro, encontrou uma inscrição que narrava como as imagens de Diana eram levadas do templo ao teatro em cada aniversário da deusa, e como a procissão entrava na cidade pela porta Magnésia e saia pela porta Corésia. Wood encontrou essa portas e assim pôde descobrir a rua que conduzia ao templo. Este foi descoberto e escavado durante cinco anos. Davi C. Hogarth continuou o trabalho no templo durante os anos de 1904-1905. O Instituto Austríaco de Arqueologia começou a escavar em 1908, e por mais de trinta anos realizou minuciosas escavações que lhe permitiram uma ideia global da cidade.

Os escavadores constataram que os muros da cidade de Éfeso mediam quase oito quilômetros de cumprimento, e encerravam uma extensão de mais de 400 hectares. Esses muros eram altos, e algumas ruas estavam calçadas de mármore. A mais importante dessas ruas conduzia do teatro ao porto, situado a 800 metros de distância. A rua media 11 metros de largura e estava flanqueada por colunas, atrás das quais existiam armazéns e outros edifícios esplêndidos. Em cada extremo havia entradas monumentais.

O lugar do templo da “Grande Diana dos Efésios” estava localizado a quase um quilômetro e meio a noroeste do muro da cidade. O muro tinha sido construído sobre uma enorme plataforma de concreto de 71 por 127 metros. Seu teto se destacava sobre 127 colunas jônicas de 1,8 metros de diâmetro e 18 de altura. Wood encontrou entre as ruínas o que acreditou ser um altar, porém mais tarde Hogarth deu um golpezinho sobre esse “altar” e ouviu um som oco. Resolveu abri-lo e encontrou dentro dele uma grande e importante coleção de joias, moedas e outros objetos de arte. Muitos concluíram que aquele suposto altar era um depósito de oferendas realizadas durante a colocação da pedra angular ou inaugural nos alicerces, quando templo começou a ser construído.


Portal da saída do mercado da cidade de Éfeso.

No meio da cidade foi encontrado a Ágora (praça do mercado), uma área retangular de 110 metros de cumprimento rodeada com colunas, armazéns e quartos. Em meio do espaço aberto havia um relógio de água e de sol.


A noroeste do Ágora, na ladeira ocidental do monte Pion, os escavadores desenterraram um anfiteatro cujas fileiras de assentos tinham capacidade de acomodar pelo menos 24.000 pessoas. Nas cidades gregas da época o anfiteatro era o local habitual de reunião do povo, e este anfiteatro em particular apresenta uma das mais vívidas cenas do Novo Testamento, já que foi o lugar onde Demétrio e seus companheiros lideraram a multidão no grande distúrbio contra Paulo, devido ao culto à Diana e a diminuição da venda das miniaturas do templo, que os ourives faziam e comercializavam.
At 19.23-41


Ao nordeste deste anfiteatro, perto da porta de Corésia, foi encontrado o antigo estádio, onde eram realizados jogos, combates de gladiadores e lutas com animais selvagens.



Outras descobertas incluíam uma bela casa de banho, de mármore com muitos quartos, uma magnífica biblioteca, uma grande basílica dedicada a “São João, o Teólogo”, a “Catacumba dos Sete Adormecidos”, onde foram encontradas centenas de locais de sepultura, e um templo dedicado a adoração do Imperador. Ali havia uma estátua de Domiciano, o Imperador que exilou João na Ilha de Patmos e perseguiu os cristãos no tempo em que Cristo revelava o Apocalipse ao evangelista.


Nenhuma cidade tem sido escavada tão minuciosamente como foi Éfeso. Essas escavações lançam considerável luz sobre as epístolas de Paulo e os escritos de João, especialmente no que se refere às sete igrejas do Apocalipse.


Biblioteca de Celso, em Éfeso


Portal da saída do mercado da cidade de Éfeso.


Estrada romana de Éfeso



Estrada romana de Éfeso

Fonte:http://prjoseiadrn.blogspot.com/2011/08/cidade-de-efeso.html

O Épico de Atrahasis e o Dilúvio de Noé

A descoberta do mais antigo texto mesopotâmico com paralelos com o Gênesis foi feito no século passado e chamado Épico de Atrahasis (Atrahasis é o principal personagem da narrativa). Apesar de ter sido primeiro publicado em 1876 por George Smith, do museu britânico, descobriu-se em 1956 que ele tinha erroneamente ordenado a destruição dos fragmentos do texto, e em 1965 que tinha somente um quinto do próprio texto! Foi então que o erudito inglês Alan Millard, assistente interino do Departamento de Antiguidade da Ásia Ocidental no Museu Britânico, pôde restaurar outros três quintos de texto dos fragmentos armazenados no porão do museu.



Enquanto analisava um texto que tinha sido desenterrado mais de um século antes, ele notou que os escritos pareciam estranhamente como os do livro de Gênesis. Esta história épica estava preservada num tablete de mais de 1.200 linhas. O tablete em si provavelmente datava do século XVII a.C., mas a história que ele recontava remonta a séculos do período babilônico mais antigo. A história, apesar de apresentada de uma perspectiva teológica dos babilônicos, contém muitos detalhes que são semelhantes aos relatos bíblicos da criação e do dilúvio.


No conto babilônico os deuses governavam a terra (cf. Gn 1.1). Eles fazem o homem do pó da terra misturado com sangue (cf. Gn 2.7; 3.19; Lv 17.11). Para tomar dos deuses inferiores a responsabilidade de cuidar da terra (cf. Gn 2.15). Quando os homens se multiplicam sobre a terra e se torna muito barulhento, um dilúvio é enviado (depois de uma série de pragas) para destruir a humanidade (cf. Gn 2.15). Um homem chamado Atrahasis, é avisado sobre o dilúvio e recebe ordens para construir um barco (cf. Gn 6.14). Ele constrói um barco e enche-o de comida, animais e pássaros. Por este meio ele é salvo enquanto o resto do mundo perece (cf. Gn 6.17-22). Muito do texto é destruído neste ponto, portanto não há registro da atracagem do barco. Contudo, como na conclusão do relato bíblico, a história termina com atrahasis oferecendo um sacrifício aos deuses e o deus principal aceitando a continuação da existência humana (cf. Gn 8.20-22)?.


Além de a arqueologia confirmar o dilúvio, temos ainda a confirmação deste evento pela boca de ninguém menos que Jesus que o comparou com a sua segunda vinda: ?E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca. E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem? (Mt 24.37-39). Veja que Jesus admitiu o dilúvio, então para nós é questão resolvida, pois duvidar de suas palavras é duvidar de Deus.
 
Fonte:http://www.noticiasgospel.com/o-pico-de-atrahasis-e-o-diluvio-de-noe

Descobertos frascos de perfume da época de Cristo


Arqueólogos franciscanos que escavam na cidade bíblica de Madala (atual Israel) disseram ter encontrado frascos de perfume semelhantes aos que podem ter sido usados pelas mulheres que teriam lavado os pés de Jesus. Os unguentos perfumados foram achados intactos, no fundo de uma piscina cheia de lama, junto com cabelos e objetos de maquiagem, segundo relato do diretor da escavação, promovida pela entidade Studium Biblicum Franciscanum, ao site Terrasanta.net. "Se as análises químicas confirmarem, esses podem ser perfumes e cremes semelhantes àqueles que Maria Madalena, ou a pecadora citada no Evangelho, usou para untar os pés de Cristo", disse o arqueólogo-chefe.


Maria Madalena é descrita na Bíblia como uma discípula de Jesus, para quem sete demônios se apresentaram. Habitualmente acredita-se que seja ela a pecadora que tenha lavado os pés de Jesus. "A descoberta dos ungüentos em Madala é por qualquer medida de grande importância. Mesmo que Maria Madalena não tenha sido a mulher que lavou os pés de Cristo, temos em nossas mãos 'cosméticos' da época de Cristo", disse De Luca


Madala era o nome de uma antiga cidade perto da costa do mar da Galiléia, no atual norte de Israel.
Perto dali existiu uma aldeia palestina até a guerra que criou o Estado judeu, em 1948. Uma cidade israelense chamada Migdal hoje ocupa a região.

"É muito provável que a mulher que untou os pés de Cristo tenha usado estes ungüentos, ou produtos que eram muito similares em composição e qualidade", disse o arqueologo.

Encontrada uma prova da existência do Templo de Salomão em Jerusalém


 
A pedra tem o tamanho de um caderno escolar e é originária da região do Mar Morto. As quinze linhas descrevem, em primeira pessoa, os planos do rei Joás para a reforma do Templo de Salomão. O episódio é narrado no capítulo 12 do Segundo Livro dos Reis, da Bíblia.
 
O Livro dos Reis, do Velho Testamento, faz parte dos chamados "livros históricos" porque seus relatos se confundem com a história documentada dos reis fundadores de Israel. São ao mesmo tempo assunto de fé e de arqueologia. Por esse motivo, a descoberta de geólogos israelenses anunciada na semana passada despertou enorme interesse.
 
Os cientistas certificaram a autenticidade de um bloco de pedra com inscrições em fenício, onde se lê que o rei israelita Joás instruiu os sacerdotes a recolher dinheiro para pagar as reformas do Primeiro Templo de Jerusalém, construído por Salomão. O texto na pedra é similar a descrições do mesmo fato no Segundo Livro dos Reis. Essa lasca de pedra do tamanho de um caderno escolar pode ser considerada a mais antiga prova de um relato bíblico já encontrada. "Se a inscrição passar por todos os testes de autenticidade, será o artefato mais importante da arqueologia israelense", diz o arqueólogo Gabriel Barkai, da Universidade Bar-Ilan.


O Instituto Geológico de Israel, que divulgou a descoberta, não revelou as circunstâncias do achado. O dono, um colecionador anônimo, levou a peça para ser examinada um ano atrás. Os testes mostraram que a inscrição datava do século IX a.C., o que coincidiria com o reinado de Joás. Os exames também indicaram a presença de salpicos de ouro fundido na superfície da pedra, que poderiam ter sido causados por um incêndio, como o que destruiu o Templo de Salomão, em 586 a.C.
 
Segundo a Bíblia, Salomão, filho do rei Davi, viveu há 3.000 anos, no auge do Reino de Israel. A Bíblia conta que nobres e plebeus vinham consultá-lo por sua sabedoria. Faz parte da cultura universal a decisão de Salomão no caso das duas mulheres que disputavam a maternidade de um bebê. O rei mandou cortar a criança em duas metades com o fio da espada e descobriu a mãe verdadeira pelos protestos desesperados de uma delas para que deixasse a criança viver. Mas as provas históricas da existência de Salomão são escassas. Evidências de seu famoso templo nunca tinham sido encontradas, e muitas das construções atribuídas a ele foram erguidas por reis posteriores.

Em um país em conflito, até mesmo uma descoberta histórica perde a neutralidade científica. A pedra pode ter sido descoberta durante escavações no Monte do Templo, controlado pelos muçulmanos em Jerusalém, e dali entrado no mercado negro de antiguidades. Se essa versão se confirmar, o bloco de pedra pode reforçar a reivindicação judaica ao Monte do Templo, sagrado para ambos os lados, e inflamar ainda mais os ânimos. O tema da posse do Monte do Templo é tão delicado que um passeio do primeiro-ministro Ariel Sharon pelas mesquitas do local em 2000 foi o estopim para a atual rebelião palestina, que já matou 2.400 pessoas. Um triste legado para um grande rei

Fonte: http://www.noticiasgospel.com/a-pedra-do-rei-descreve-a-reforma-no-templo-de-salomao

Jerusalém


Jerusalém, que esteve dividida em Jerusalém Oriental (na posse da Jordânia) e Jerusalém Ocidental (na posse de Israel) até 1967, foi unificada por este país após a Guerra dos Seis Dias, sendo eleita a capital de Israel. É o centro administrativo do país, tendo como actividades fundamentais as que estão ligadas ao sector terciário (finanças, turismo e comércio). Pelo simbolismo dos seus monumentos e da sua história, Jerusalém é considerada cidade santa pelos judeus, muçulmanos e cristãos.

              Devido à sua importância religiosa e política, tem sido palco de grandes conflitos que perduram ainda nos nossos dias.
             
Antiga cidade Cananeia, o seu nome tem origem talvez numa divindade amorrita: Shalem.
Quando os Hebreus entraram em Canaã, no século XIII a. C., Jerusalém era uma cidade independente à frente de uma confederação. Conservou a independência até ao reinado de David, que quis fazer dela um centro político e religioso, base da unidade do povo hebreu. David tomou a cidade em 1058 a. C. e construiu um palácio fazendo transportar para a cidade a Arca da Aliança. Preparou então a construção de um templo que só viria a ser erigido durante o governo do seu filho Salomão. Sob este último, a cidade perdeu poder na sequência da cisão do reino em 931 a. C.

Vários povos estiveram de posse da cidade: o faraó Sesaq, os Filisteus, que saquearam a cidade em 893 a. C.; Senaquerib, rei da Síria; Assurbanípal, rei de Nínive (666 a. C.), cujos generais prenderam o rei Manasés e o levaram para a Babilónia (quando regressou, este monarca reedificou a muralha erigida por seu pai Ezequias); Nabucodonosor, em 587 a. C., que incendiou a cidade e levou para o cativeiro da Babilónia muitos judeus entre os quais o profeta Daniel (só em 538 a. C. é que Ciro, rei da Pérsia, autorizou o regresso dos judeus a Jerusalém e permitiu a reconstrução do templo e da Cidade Santa que foi completada em 445 a. C.); Alexandre Magno entrou em Jerusalém em 332 a. C., respeitando os costumes dos judeus mas destruindo a hegemonia persa; os Selêucidas, que saíram vitoriosos sobre os lágidas egípcios, helenizaram a cidade iniciando a sua decadência; os Romanos, a partir de 63 a. C., enviaram Pompeio a Jerusalém com o intuito de debelar uma guerra civil, tornando-se a cidade tributária de Roma. A partir daqui sucedem-se vários governadores romanos.

A inflexibilidade de alguns governadores romanos deu lugar a um conflito que provocou a morte a muitos romanos. Tito, filho do imperador Vespasiano, atacou Jerusalém em 70 a. C., destruindo os edifícios judaicos e apoderando-se da cidade. Foi erigido um altar a Júpiter no lugar do templo judaico, o que provocou conflitos que terminaram com a vitória do imperador Adriano em 135 d. C., interditando a cidade aos judeus. O édito de Milão por Constantino motivou a procura dos lugares santos pelos cristãos e o seu estabelecimento em Jerusalém, que teve o maior impulso quando Santa Helena, mãe do imperador, encontrou a relíquia da Santa Cruz. Em 638 foi a vez de os muçulmanos atacarem a cidade sob o comando do califa Omar e transformarem-na na cidade santa do Islão - al-Quds. Os muçulmanos foram até certo ponto tolerantes para com os cristãos, mantendo boas relações.
Cidade Jerusalem
Cidade Jerusalem
Contudo, o auxílio dado pelos cristãos aos bizantinos não agradou aos muçulmanos provocando a discórdia, o que resultou na destruição do Santo Sepulcro pelo califa Al Ha Kam, em 1010. Os Turcos, por sua vez, começaram a oprimir os cristãos em 1077 quando ficaram de posse da Palestina, o que motivou a primeira cruzada à Terra Santa em 1095. Em 1099 Godofredo de Bolhões foi eleito soberano de Jerusalém. O reino de Jerusalém seria posteriormente destruído por Saladino em 1187, mantendo intacto o Santo Sepulcro mediante o pagamento de um largo tributo. Esteve nas mãos dos Mamelucos do século XIII ao século XVI, verificando-se neste período uma predominância da população muçulmana. Em 1517 são os turcos que conquistam Jerusalém sob Selim I. A ocupação otomana estende-se até 1917 reflectindo-se numa perda de importância de Jerusalém como lugar santo cristão e, em contrapartida, numa renovação da comunidade judaica.

Jope


Vista noroeste da cidade portuária de Jope.

Uma antiga cidade cananeia na fronteira da tribo de Dã (Js 19:46) mas aparentemente nunca ocupada pelos israelitas nos tempos do VT. Sendo o único porto situado entre o Egipto e a cordilheira do Carmelo, a menos que Dor seja incluída na contagem, era de grande importância para a Palestina. Situava-se cerca de 55 km a noroeste de Jerusalém. Os cedros do Líbano usados na construção do templo de Salomão e do templo de Zorobabel chegaram à Palestina através deste porto (2Cr 2:16; Ed 3:7). Foi lá que o profeta Jonas, fugindo da ordem de Deus, embarcou num navio que se dirigia para Tarsis, provavelmente em Espanha (Jn 1:3). Jope passou para o controlo dos judeus, provavelmente pela primeira vez através dos macabeus, que instalaram alguns judeus na cidade. Alargaram o porto e fortaleceram as fortificações (I Mac 10:72, 75; I Mac 12:33, 34; I Mac 14:5, 34). Pompeu transformou-a numa cidade semi-livre em 63 AC mas César devolveu-a aos judeus. No tempo de Herodes, tornou-se na fortaleza de um bairro judaico ortodoxo. Quando eclodiu a rebelião judaica em 66 DC, os judeus de Jope mostraram tamanha oposição fanática contra os romanos, que Cestius Gallus massacrou mais de 8000 dentre eles. Embora a cidade tenha recuperado desta catástrofe, foi completamente destruída por Vespasiano um pouco mais tarde.
O cristianismo entrou cedo em Jope. Esta era a cidade natal de Tabita, ou Dorcas, uma grande benfeitora dos pobres. Quando ela morreu, Pedro ressuscitou-a e “muitos creram” na mensagem do apóstolo (At 9:36-42). Pedro permaneceu na cidade durante algum tempo, na casa de Simão, o curtidor e teve uma visão que lhe mostrou que o Evangelho deveria ser pregado também aos gentios, não se devendo fazer distinção entre judeus e gentios (cap. At 10:5-48). Jope, agora conhecida por Jafa, é actualmente uma secção das cidades gémeas de Tel Aviv-Jafa, com uma população combinada de 384.000 pessoas (1970), sendo, por isso, a maior cidade do Estado de Israel.
O monte contendo as ruínas da antiga Jope situa-se a Este do porto turco. As escavações, conduzidas por J. Kaplan desde 1955, puseram a descoberto ruínas de fortificações e casas de todos os períodos desde o 3º milénio AC até aos tempos islâmicos. De especial interesse são as ruínas das fortificações do período patriarcal, construídas pelos Hiksos e uma porta da altura em que Jope era controlada pelos egípcios, no tempo de Ramsés II.

Eventos importantes: Jonas foi a Jope para embarcar em um navio com destino a Társis (Jon. 1:1–3). Jope foi o porto marítimo usado por Salomão e também por Zorobabel para trazer madeira de cedro do Líbano para construir seus templos (II Crôn. 2:16; Esd. 3:7). Aqui Pedro levantou Tabita dos mortos, também conhecida como Dorcas (Atos 9:36–43). Pedro também teve a visão dos animais limpos e dos imundos, que revelou a ele a necessidade de começar o ministério entre os gentios (Atos 10). Orson Hyde chegou aqui para dedicar a Terra Santa em 1841.

Cesaréia - de cidade romana a fortaleza cruzada


Cesaréia localiza-se na costa do Mediterrâneo, no meio do caminho entre Tel Aviv e Haifa. As escavações arqueológicas durante as décadas de 50 e 60 revelaram remanescentes de muitos períodos e, particularmente, o complexo de fortificações da cidade cruzada e o teatro romano.

Durante os últimos 20 anos, importantes escavações realizadas por numerosas expedições de Israel e do exterior expuseram impressionantes vestígios da grandiosidade esquecida da cidade romana e daquela dos cruzados.

A Cidade Romana
Fundada pelo Rei Herodes no século I a.E.C., na localização de um porto comercial fenício e grego denominado Torre de Straton, Cesaréia foi assim denominada por Herodes em homenagem ao imperador romano César Augusto. A cidade foi detalhadamente descrita pelo historiador judeu Flávio Josefo (Antigüidades XV pág. 331 e seg.; Guerra I, pág. 408 e seg.). Era uma cidade murada, com o maior porto na costa oriental do Mediterrâneo, chamada Sebastos, o nome grego do Imperador Augusto.

O templo da cidade, dedicado a César Augusto, foi construído sobre um pódio elevado diante do porto. Uma ampla escadaria conduzia do píer ao templo. Foram erigidos edifícios públicos e esmeradas instalações de entretenimento, segundo a tradição imperial. O palácio do Rei Herodes situava-se na parte meridional da cidade.

No ano 6 da era comum, Cesaréia tornou-se a sede dos procuradores romanos da Provincia Juda e nela se instalou o quartel-general da 10 Legião Romana. Nos séculos II e III a cidade se expandiu, tornando-se uma das mais importantes da parte oriental do Império Romano, sendo classificada como "Metrópole da Província da Síria-Palestina".

Cesaréia desempenhou um importante papel na história do início do cristianismo. Foi aqui que realizou-se o batismo do centurião romano Cornelius (Atos 10:1-5, 25-28); S. Paulo partiu daqui para sua viagem pelo Mediterrâneo oriental, e aqui foi aprisionado e enviado a Roma para julgamento (Atos 23:23-24).

O palácio foi construído sobre um promontório rochoso saliente, na parte meridional da cidade romana. As escavações revelaram uma grande estrutura arquitetônica, de 110 x 60 m, com um tanque decorativo cercado por pórticos. Esta construção elegante, em localização tão singular, foi identificada como o palácio de Herodes (Antigüidades XV, f. 332). O palácio foi usado durante todo o período romano, conforme atestam duas colunas com inscrições dedicatórias em grego e latim, contendo os nomes dos governadores da província da Judéia.


Cafarnaum


Cafarnaum, localizada à margem norte do Mar da Galiléia foi o centro do ministério do Salvador na Galiléia (Mt. 9:1–2; Mc. 2:1–5). Importante e bem sucedido centro comercial e de pesca, era o lar de gentios assim como de judeus. A população do primeiro século provavelmente não superou a 1.000 pessoas. Cafarnaum localizava-se no entroncamento de importantes rotas comerciais, com terras férteis circundando-a. Os soldados romanos construíram casas de banho e armazéns aqui, o que contribuiu para a organizada estrutura social com edifícios públicos bem construídos. Apesar dos muitos milagres aqui realizados, as pessoas em geral rejeitaram o ministério do Salvador. Jesus, portanto, amaldiçoou a cidade (Mt. 11:20, 23–24). Com o tempo, Cafarnaum ficou em ruínas e permanece desabitada.
Eventos importantes: Cafarnaum era conhecida como a cidade de Jesus (Mt. 9:1–2; Mc. 2:1–5). Ele realizou muitos milagres neste lugar. Por exemplo: ele curou muitas pessoas (Mc. 1:32–34), incluindo um servo do centurião (Lc. 7:1–10), a sogra de Pedro (Mc. 1:21, 29–31), o paralítico cujo leito foi baixado através do telhado (Mc. 2:1–12) e o homem que tinha a mão mirrada (Mt. 12:9–13). Aqui Jesus também expulsou muitos espíritos maus (Mc. 1:21–28, 32–34), levantou dos mortos a filha de Jairo (Mc. 5:22–24, 35–43), e proferiu o sermão sobre o Pão da Vida na sinagoga de Cafarnaum (João 6:24–59). O Salvador disse a Pedro que pegasse um peixe no Mar da Galiléia, abrisse-lhe a boca e encontraria uma moeda para pagar um imposto (Mt. 17:24–27).

Lugar da Caveira (Gólgota), Jerusalém



 

Segundo os quatro evangelistas, São Mateus, São Marco, São Lucas e São João, Jesus Cristo teria sido crucificado num lugar chamado Calvário (em hebreu Gólgota), que significa "O Lugar da Caveira" (também conhecido por Lugar do Crânio). Atribuiu-se este nome, "Lugar da Caveira", porque o local, fora das muralhas da cidade, apresentava uma elevação que se assemelhava a um crânio, e era também o local onde os condenados à morte eram crucificados.
Existe uma tradição hebraica, contada por Orígenes (século III), que diz que Adão teria sido sepultado no Lugar da Caveira ou Gólgota, o mesmo local onde Jesus Cristo foi crucificado, seguindo a profecia: se a humanidade morria com Adão, ela poderia ressuscitar com Cristo. A caveira de Adão teria sido lavada pelo sangue de Cristo para que todos os filhos de Adão fossem remidos pelo "segundo Adão". Um templo, que consiste numa pequena ábside, chamado Capela de Adão, junto ao Calvário, assinala a tradição simbólica.
Eusébio de Cesareia, que viveu no século IV, admite a existência de um Lugar da Caveira, onde Cristo foi crucificado, e conta, com detalhe, as circunstâncias que levaram à descoberta do Santo Sepulcro nas suas imediações. O achado aconteceu depois do Imperador Constantino ter ordenado, por volta de 325, buscas ao local, que levaram à destruição de um templo pagão, em honra da deusa Afrodite, aí construído. Mais tarde, no topo do monte, foi colocada uma cruz preciosa para assinalar o centro espiritual do mundo dos Cristãos, cruz que foi, posteriormente, saqueada. O Santo Sepulcro foi venerado até ter sido destruído por ordem do Califa Hakem, em 1009, tendo sido, depois, restaurado várias vezes, inclusive pelos cruzados.


Como referenciar este artigo:Lugar da Caveira (Gólgota), Jerusalém. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-02-21].
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