Vista noroeste da cidade portuária de Jope.
Uma antiga cidade cananeia na fronteira da tribo de Dã (Js 19:46) mas aparentemente nunca ocupada pelos israelitas nos tempos do VT. Sendo o único porto situado entre o Egipto e a cordilheira do Carmelo, a menos que Dor seja incluída na contagem, era de grande importância para a Palestina. Situava-se cerca de 55 km a noroeste de Jerusalém. Os cedros do Líbano usados na construção do templo de Salomão e do templo de Zorobabel chegaram à Palestina através deste porto (2Cr 2:16; Ed 3:7). Foi lá que o profeta Jonas, fugindo da ordem de Deus, embarcou num navio que se dirigia para Tarsis, provavelmente em Espanha (Jn 1:3). Jope passou para o controlo dos judeus, provavelmente pela primeira vez através dos macabeus, que instalaram alguns judeus na cidade. Alargaram o porto e fortaleceram as fortificações (I Mac 10:72, 75; I Mac 12:33, 34; I Mac 14:5, 34). Pompeu transformou-a numa cidade semi-livre em 63 AC mas César devolveu-a aos judeus. No tempo de Herodes, tornou-se na fortaleza de um bairro judaico ortodoxo. Quando eclodiu a rebelião judaica em 66 DC, os judeus de Jope mostraram tamanha oposição fanática contra os romanos, que Cestius Gallus massacrou mais de 8000 dentre eles. Embora a cidade tenha recuperado desta catástrofe, foi completamente destruída por Vespasiano um pouco mais tarde.
O cristianismo entrou cedo em Jope. Esta era a cidade natal de Tabita, ou Dorcas, uma grande benfeitora dos pobres. Quando ela morreu, Pedro ressuscitou-a e “muitos creram” na mensagem do apóstolo (At 9:36-42). Pedro permaneceu na cidade durante algum tempo, na casa de Simão, o curtidor e teve uma visão que lhe mostrou que o Evangelho deveria ser pregado também aos gentios, não se devendo fazer distinção entre judeus e gentios (cap. At 10:5-48). Jope, agora conhecida por Jafa, é actualmente uma secção das cidades gémeas de Tel Aviv-Jafa, com uma população combinada de 384.000 pessoas (1970), sendo, por isso, a maior cidade do Estado de Israel.
O monte contendo as ruínas da antiga Jope situa-se a Este do porto turco. As escavações, conduzidas por J. Kaplan desde 1955, puseram a descoberto ruínas de fortificações e casas de todos os períodos desde o 3º milénio AC até aos tempos islâmicos. De especial interesse são as ruínas das fortificações do período patriarcal, construídas pelos Hiksos e uma porta da altura em que Jope era controlada pelos egípcios, no tempo de Ramsés II.
Eventos importantes: Jonas foi a Jope para embarcar em um navio com destino a Társis (Jon. 1:1–3). Jope foi o porto marítimo usado por Salomão e também por Zorobabel para trazer madeira de cedro do Líbano para construir seus templos (II Crôn. 2:16; Esd. 3:7). Aqui Pedro levantou Tabita dos mortos, também conhecida como Dorcas (Atos 9:36–43). Pedro também teve a visão dos animais limpos e dos imundos, que revelou a ele a necessidade de começar o ministério entre os gentios (Atos 10). Orson Hyde chegou aqui para dedicar a Terra Santa em 1841.
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